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A descrição de uma viagem que começou com um teste de gravidez POSITIVO
A Márcia é uma menina.
A gravidez da Márcia não foi planeada e o seu teste positivo foi uma verdadeira surpresa. Apesar de a cada mês ter as evidências de não estar grávida, outros sinais estiveram sempre lá: o cansaço extremo, as dores no corpo, inchaço, a vontade de comer esparguete a meio da noite… Para além disso, havia os contraceptivos. Não podia ser! As semanas passavam, os sintomas mantinham-se e a Márcia, em jeito de desabafo, partilhou com a sogra a sua preocupação, sem imaginar que pudesse estar diante de uma gravidez. Mulher mais experiente e preocupada com o que podia estar a acontecer a estes dois miúdos, no dia seguinte passa para as mãos da Márcia um teste de gravidez e pede-lhe que o faça já.
A Márcia agora estava com receio daquilo que mais temia. Aguardou umas horas até ter coragem de fazer o teste. A verdade é que tinha 18 anos, o namorado 21 e podiam estar à espera de um bebé. Encheu-se de determinação e fez o teste. 2 minutos depois, 2 traços vermelhões começaram a aparecer e foi um choque! O teste era positivo! Contou à sogra e depois foi-se refugiar no quarto, onde chorou copiosamente. Não podia ser verdade! Tinha uma vida toda pela frente! Não podia ser mãe com 18 anos!
Uns dias depois, Márcia fez a sua primeira ecografia. Havia a necessidade de confirmar essa gravidez, dado que era apenas um teste de farmácia. Esperou 3 horas pela sua vez e teve tempo suficiente para pensar em todas as possibilidades. Quando, por fim, se deitou naquela marquesa, não só se confirmou a gravidez, como foi informada de que estava grávida de 17 semanas. Outro choque!
Como mãe jovem que era, Márcia não se livrou das críticas. 4 meses sem se aperceber que estava grávida…. De certeza que engravidou de propósito para poder ir viver com o namorado! As pessoas logo se apressam a julgar os outros sem conhecerem a sua vida. A gravidez aconteceu numa altura particularmente stressante em que a Márcia fazia um estágio, acumulava várias tarefas e tinha imensas coisas para fazer. Mas, mais importante do que tudo, esta miúda soube abraçar esta gravidez como uma mulher.
Quando a Márcia fala do seu filho, tudo se resume a Amor. Não hesita em dizer que é a pessoa que mais ama no mundo, que foi o seu filho que lhe ensinou o que é o amor e que dava a sua vida por ele. Trocar a juventude pela maternidade é uma questão que não se coloca. Não há trocas. Há somas! Tudo acontece por acaso e este bebé é o melhor acaso do mundo.
A Márcia é uma menina, mas já sabe o que é o amor.
Imagem: Pinterest
Conheci a Rita em Julho de 2014. Na altura, eu estava a promover um passatempo juntamente com uma clínica e o prémio era um teste de determinação do sexo do bebé. A Rita candidatou-se, como muitas outras, e foi a sorteada. Foi aí que se começou a desenrolar uma história linda, que eu já tive oportunidade de partilhar convosco. A Rita contou-me, então, que não estava grávida, mas que ansiava pelo seu teste positivo há 2 anos. Estava a fazer um tratamento de fertilidade e a vontade que tudo corresse bem era enorme. Ter ganho este prémio entre mulheres que estavam efectivamente grávidas tornou-se num óptimo presságio e, agora, eu era mais uma a torcer pelo teste positivo. Pedi-lhe que me mantivesse a par dos desenvolvimentos.
Um mês e tal mais tarde, recebi a tão esperada novidade da Rita. O teste era finalmente positivo. Foram 2 anos de um caminho tortuoso, dezenas de testes negativos, muitos exames, nem sempre agradáveis e com resultados muitas vezes desanimadores. O facto da Rita e o marido, João, estarem a ser acompanhados numa clínica da especialidade deu-lhes ânimo, o teste que ganharam no meu blogue deu um empurrãozinho e a grande vontade de serem pais fez o resto. Os ingredientes estavam misturados e o universo encarregou-se de colocar tudo no devido sítio.
Após o tratamento de fertilidade, tinham que esperar 14, 15 dias para fazer um teste e ver se realmente tinha resultado. Mas, como calhava a um fim-de-semana, ainda tiveram que aguardar um pouco mais. Uma espera angustiante para quem já tinha esperado tanto. A Rita tentou manter-se calma e jurou a si mesma não se desgastar com testes antes do beta-hcg e fez o marido prometer que também não a deixava fazer. Havia sintomas estranhos, típicos de gravidez, mas a Rita, provavelmente não se querendo iludir demasiado, achava que podiam ser restos das imensas injecções que tomou: um bolo que sabia a peixe, as dorzinhas de barriga e o sono que a fazia bocejar mais de 30 vezes (sim, chegou mesmo a contar!).
No dia da análise, apresentaram-se na clínica às 10:30. Mantiveram-se tranquilos, como sempre procuraram estar longo deste processo todo. O resultado só estaria pronto no final do dia. Foram para casa, mas a Rita contava que o período aparecesse entretanto. Tinha aquelas moinhas… Depois do almoço, o telefone da Rita toca e, aí sim, o seu estômago deu duas voltas. Do outro lado era o Dr. Sérgio e perguntou-lhe se estava bem-disposta. “Sim, claro que estou bem-disposta!” “Ah, então ainda tem mais um motivo para estar! Deu positivo! 564! Está gravidíssima!” Explicou-lhe os passos seguintes e combinaram a primeira ecografia. A Rita olhou para o João, que tinha vindo a correr para ouvir a chamada, e abraçaram-se. Sem sequer falarem, perceberam que toda a frustração, dor e angústia tinham passado naquele momento. Choraram juntos e finalmente foram capazes de verbalizar um “Conseguimos!”, olhando-se nos olhos. O irmão do João, que também estava em casa, juntou-se a eles e deram juntos um abraço muito emocionado.
Entretanto, era hora de assimilar tudo o que estava a acontecer, fizeram muitas festinhas na barriga e partilharam a boa nova com os pais, que também aguardavam pela boa nova.
O teste de determinação de sexo fetal revelou que o feijãozinho na barriga da Rita era um menino. Em Março de 2015, o Tiago nasceu e tornou a vida da Rita e do João incomensuravelmente mais feliz.
Passamos grande parte na nossa vida a evitar uma gravidez. Ensinam-nos como na escola, no Centro de Saúde, na farmácia, em casa. Dão pílulas, dão preservativos, há imensas opções para não se ter um bebé. Não podemos ter filhos porque somos ainda muito jovens, porque não temos relações estáveis, porque temos que terminar os estudos, porque precisamos de arranjar um emprego, porque precisamos de progredir na carreira, porque as finanças domésticas não permitem...
Quando, finalmente, se toma a decisão de ter um filho, engravidar pode não ser assim tão fácil. Confesso que só decidi ter a minha filha porque me aproximava dos 35 anos. Sabia que depois podia ser tarde demais e eu queria muito ser mãe. Felizmente, a coisa correu bem e engravidei rapidamente. Apesar de eu estar preparada para conseguir engravidar nos dois anos seguintes e ter ficado verdadeiramente surpreendida com o teste positivo, admito que me senti frustrada naqueles 2 ou 3 meses em que menstruei, apesar de não tomar a pílula. Comecei a questionar-me se algo não estaria errado comigo.
A infertilidade é bastante mais comum do que pensamos e afecta 1 em cada 6 casais. Em sociedades conservadoras, como a nossa, achamos facilmente que o problema é da mulher. Eu cheguei a ouvir um homem dizer "Ela nunca me conseguiu dar filhos!" e, afinal, o problema era dele, mas é muito embaraçoso para um homem admitir que possa ser infértil. Em 40% dos casos, o problema está com o homem, em 40%, com a mulher, 10% com ambos, e em 10% dos casos, a causa é desconhecida.
Um casal com infertilidade sofre, muitas vezes, em silêncio. Não só não tem o seu bebé tão desejado, como ainda tem que conseguir ficar feliz quando a prima ou a amiga ficam grávidas novamente, tem que arranjar desculpas para os outros para ainda não ter filhos e tem que saber gerir a frustração pessoal dentro do casal. Muitas relações não sobrevivem, mesmo, a esta provação. Assim que um casal decide juntar os trapinhos, começam as perguntas de quando vão ter filhos, e porque é que não têm filhos e há quanto tempo estão juntos... e têm de se rir e responder "um dia destes". Há uma pressão social muito grande e isso pode ter um impacto terrível num casal.
Pelas conversas que fui tendo com mulheres que atravessam este problema, é comum sentirem-se culpadas por não conseguirem gerar um filho. Muitas tentam há meses, outras há anos. Umas têm um problema médico diagnosticado, outras não têm qualquer problema físico. Perdem a vontade de trabalhar. Para quê? Para quem? O que fazer a todo o amor que têm dentro de si, se não o puderem passar a um filho? Isolam-se do mundo porque precisam de chorar à vontade.
O meu conselho é que chorem quando precisarem de chorar e depois levantar a cabeça e toca a lutar. Tão importante como procurar ajuda médica, é tratar a cabecinha. Precisamos de estar preparadas psicologicamente, seja para enfrentar a dureza dos tratamentos, seja para viver uma eventual gravidez ou mesmo para aceitar que o bebé tão desejado nunca vai chegar. Para todas estas realidades, temos que estar bem.
Toda a gente conhece pelo menos uma história de alguém que tentou durante anos engravidar, sem sucesso. Quando, por fim, aceitou que não podia ter filhos ou adoptou uma criança, a gravidez acontece. Deixou de haver pressão, ansiedade, stresse, a atenção virou-se para outro lado. É surpreendente, não é?
Não tenham receio da palavra infertilidade. Hoje em dia, não é uma sentença definitiva. Graças a clínicas especializadas, como a IVI, que dão todo o apoio médico necessário para ultrapassar estes problemas, um bebé é possível, sim. Foquem-se no vosso objectivo e visualizem-no. Abram espaço na vossa vida para um bebé. Nunca me esqueço desta frase "Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece." Não adianta de nada pensarem em tantas mulheres que abortam, tantas gravidezes indesejadas, pais que não gostam dos seus filhos. Isso não vos trará o vosso bebé. Preparem-se de TODAS as formas possíveis para receber um filho.
Quem deseja muito ter um filho, tem, sem dúvida, uma vontade imensa de dar amor a alguém. Como é óbvio, e posso testemunhá-lo, ter um filho é amar para além do imaginável. Mas não deixem de ser felizes porque não puderam conceber fisicamente um bebé. Em primeiro lugar, a nossa felicidade individual não deve depender de ninguém, seja filho, pai, marido, amigo. Depois, quem quer amar pode distribuir amor por outros lados e fazer outras pessoas muito felizes.
Muita força a todos e ficamos a aguardar muitos testes positivos.
Esta é uma história muito bonita, por isso merece ser contada mesmo desde o início.
Quando estava grávida, descobri que há uma tabela chinesa que desvenda o sexo do bebé, tendo em conta a data em que foi concebido e a idade da mãe. A mim prometia-me um rapazinho, mas não podia estar mais errada. Em Junho, resolvi perguntar às mães que seguem esta página no facebook se a tabela chinesa resultou no caso delas. As respostas foram imensas e as mais variadas e isso despertou a atenção do Departamento de Comunicação d'O Laboratório da Grávida, que resolveu presentear as minhas leitoras com um Teste de Determinação de Sexo Fetal, o chamado "Menino ou Menina". Para quê confiar em tabelas chinesas, se podemos ter a certeza científica?
Lancei o passatempo, fiz o sorteio e informei a vencedora. Dias depois, chegou uma mensagem que me emocionou:
"(...) Eu estou neste momento a fazer um tratamento de infertilidade, na IVI. Espero conseguir o meu positivo em breve e por isso decidi concorrer ao passatempo! Foi uma maneira de sentir que estava a dar mais um passo! Espero que tenha sido um bom presságio, ter ganho este prémio!
Tem sido um caminho complicadote, quase 2 anos a tentar ter o nosso bebé. Muitos testes negativos, muitos exames, nem sempre agradáveis e com resultados muitas vezes frustrantes.. Mas agora espero eu que aconteça muito em breve! Tenho a certeza que vale muito toda a espera, todos os sacrifícios que fizemos até agora, para termos o nosso feijoca nos braços! Já passamos por momentos de frustração quando não sabíamos o que se passava connosco. Mas, desde que começámos a ser acompanhados, ficamos muito mais descansados, por estarmos em boas mãos! "
Eu acredito que nós fazemos o nosso caminho e, naquele momento, eu sabia que por algum motivo o random.org tinha seleccionado o nome da Rita. Eu não conhecia a Rita e ela não me contou a sua situação antes do passatempo. Também não conheço nenhuma das histórias das outras pessoas que concorreram. Acredito que todas elas mereciam o teste e cada uma delas teria muito para contar, também. Mas, a Rita não estava grávida, queria muito um bebé e acreditou. E eu sei que o universo não dorme e logo trata de pôr as coisas no seu devido lugar.
2 meses depois, outra mensagem que ainda hoje me arrepia:
"Tal como lhe tinha prometido, aqui venho eu dar novidades!
Pois é, o seu feeling estava certo: foi um bom presságio ter ganho o passatempo do teste de determinação do sexo fetal! O nosso tratamento deu positivo à 1.ª tentativa! A nossa feijokinha já está connosco! Estou na 7.ª semana da nossa tão desejada gravidez e o coraçãozinho já bate!
Estamos tão felizes, a planear tudo para recebê-lo/a! Entretanto vou falar com a (...) para marcar a realização do teste!"
E, menos de um mês mais tarde:
"Hoje completamos 10 semanas da nossa feijoka! Fiquei de lhe dar notícias e aqui estou: já fizemos o teste de Determinação do Sexo Fetal! Vamos ter um menino! O meu marido está todo entusiasmado! Eu fiquei super feliz e, no fundo, já sentia que sabia! Sempre imaginei que ia ser um menino e sempre foi mais fácil pensar em nomes de menino do que de menina! Agora estamos na fase de escolher o nome... Temos 3 ou 4 na lista e andamos a "testá-los" ."
A vida deste bebé só está agora a começar e, no entanto, já temos isto tudo a contar sobre ele. Esta foi uma experiência muito inspiradora e espero que sirva de incentivo a outros casais. Agarrem-se a estes pequenos detalhes que podem trazer verdadeiros milagres às nossas vidas e acreditem. A mim... são estes casos que me fazem voltar ao blogue e à página todos os dias, mesmo estando muito cansada. Por fim, nada disto seria possível, claro, sem a generosidade d'O Laboratório da Grávida.
Digam lá se esta não é uma história muito bonita?
Há um ano atrás, tentava gerir da melhor forma possível a notícia de que ia ser mãe. Foi complicado. Foi um susto enorme, muito embora fosse uma gravidez planeada. Acho que nunca estamos verdadeiramente preparados.
Durante toda a minha gravidez, o meu blogue e respectiva página no facebook foram completamente anónimos. Isso permitiu-me falar abertamente sobre (quase) todos os assuntos. Eu precisava disso. A maior parte das pessoas que nos rodeia não gosta que nos queixemos, não está para nos ouvir. Já têm os seus problemas e não querem (legitimamente) viver os das outras pessoas. E eu tinha imensa coisa para falar, para desabafar e esta foi, sem dúvida, a melhor forma. Eu escrevia, mesmo que ninguém lesse. E escrevia sobre futilidades, sobre como não gostava de estar grávida, sobre as minhas dores, sobre as alegrias... E o mais engraçado é que começou a haver alguém a ler. Uma pessoa, depois outra e mais outra. Como o que eu escrevia saía de dentro do meu coração, sem filtros, logo havia pessoas a identificar-se também. E daí surgia uma conversa e começávamos a trocar experiências. O blogue, que foi criado para me ajudar apenas a mim, logo passou a ajudar outras mulheres. Foi uma excelente forma de percebermos que não estamos sozinhas numa das fases mais importantes da nossa vida.
A criação da página do facebook facilitou a comunicação e interacção com outras pessoas. Todos os dias recebo mensagens de outras mulheres, mães ou não. Não sei porquê, mas muitas pensam que sou alguma especialista e fazem-me todo o tipo de perguntas. Pois, não sou especialista, só estive grávida uma vez e de apenas 8 meses, logo não tenho experiência quase nenhuma. Tenho a minha vivência e só sobre essa posso falar. As perguntas que faço, sobretudo no facebook, são para recolher mais informação para muitas mães que pedem ajuda. E só posso agradecer a prontidão com que todas colaboram. Não posso deixar de reparar, também, que muitas mamãs não hesitam em criticar as outras. Não nos podemos esquecer que já todas falhámos e, certamente, iremos falhar de novo. A maternidade não é uma ciência exacta e todos somos seres imperfeitos.
Gostava de poder dedicar-me mais ao blogue, mas a falta de tempo não mo permite. Um bebé e um trabalho a tempo inteiro, mais tudo o resto, não me deixam muita disponibilidade para lavar a alma através da escrita. E tanta falta que me faz!
Quero agradecer a todas as pessoas que, à distância, me ajudaram ao longo deste ano. São pessoas que eu não conheço e, no entanto, trataram-me com imenso carinho. Quero agradecer a quem me lê em silêncio, a quem alimenta o meu blogue e me dá força e vontade para continuar a escrever, a quem me ensina tanto. Quero agradecer às marcas que estabeleceram parcerias comigo e que permitem que eu vos possa porporcionar uns miminhos de vez em quando.
E, por fim, mas não menos importante, quero agradecer à minha filha que é o motorzinho disto tudo. Ela fez-me experimentar sensações que eu desconhecia, fez-me viver a aventura da minha vida e é a obra mais perfeita que alguma vez conseguirei fazer. Por ela, mesmo nos dias mais escuros, consigo sorrir sem esforço, consigo sentir felicidade sem culpa. O meu projecto de vida é fazer com que esta pessoa pequenina seja feliz todos os dias da sua vida.
Há um ano atrás, já estava grávida e não sabia.
A minha querida filha foi planeada, mas nunca esperei que fosse engravidar tão rapidamente. Diziam que as mulheres mais velhas podiam demorar cerca de 2 anos para engravidar e eu estava à espera disso. Afinal, tinha acabado de fazer 35 anos.
O dia do teste positivo foi assustador. Eu tinha todos os sintomas óbvios, mas nunca me passou pela cabeça que fosse uma gravidez. Eu andava muito distraída com a minha vida. Tenho um trabalho muito exigente e absorvente e, durante o mês de Agosto, tive a visita de uma amiga que veio da Índia. Tudo isso, as saídas com os amigos e o ginásio, levaram-me a crer que todo aquele sono que eu sentia era um cansaço extremo. Eu dormia a noite toda, se pudesse dormitava depois do almoço e depois do jantar ficava com uma moca de sono inexplicável. Muitas vezes ia jantar fora e tinha que vir logo para casa para me deitar no sofá. Tomei uma decisão: em Setembro não iria ao ginásio. Foram vários meses seguidos a treinar, sem férias, sem descanso. Precisava de descansar.
As dores que eu sentia nas mamas não eram cansaço, claro. Sentia realmente muitas dores ao fazer o mínimo movimento. Subir e descer escadas (que eu tenho dentro de casa) era um martírio. Tinha que o fazer devagar porque sempre que as meninas se agitavam, doía. Virar-me na cama deixou de acontecer. Neste caso, eu achava que era tensão pré-menstrual. Uma tensão pré-menstrual que nunca mais acabava, simplesmente porque eu não sabia a quantas andava.
O outro sintoma óbvio era a frequência com que eu ia fazer xixi. Esta confundiu-me bastante porque eu bebia imensa água, logo era natural que fosse muito à casa de banho.
Durante o fim-de-semana, eu não me conseguia arrastar para lado nenhum e comecei a juntar todos os sintomas na minha cabeça. Assim meio a brincar, descarreguei uma aplicação que dizia quais as probabilidades de estar grávida. A aplicação pedia a data da última menstruação. Não me lembrava. Mas sabia que no dia 6 de Agosto tinha ido ao cinema e estava com muitas dores menstruais. Passou a ser essa a data. Resultado: grandes probabilidades de estar grávida. Fiquei com esta informação só para mim, com medo que fosse verdade. No sábado à noite, saí com amigos. Apesar de só ter bebido 1 Coca-Cola, fui umas 3 vezes à casa de banho. Estava a subir as escadas para voltar para a mesa e já tinha vontade de fazer xixi de novo. Partilhei com a minha amiga a minha suspeita. Fiz novamente o teste da aplicação ao lado dela e ela pulava de alegria por mim.
No dia seguinte, dormi o dia todo. Saí para jantar e a minha cabeça pesava de sono. Passei por um supermercado, comprei o teste e estava POSITIVO.
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