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A descrição de uma viagem que começou com um teste de gravidez POSITIVO
Cheguei agora da minha consulta das 28 semanas, já a caminho das 29.
Perguntou-me como andava, se tinha desconfortos, ardor ao urinar. Falei-lhe que tenho tido contracções, apesar de serem daquelas sem dor, as Braxton-Hicks. Ele disse que até 3 ou 4 por dia seria normal. Eu não faço grandes esforços físicos e costumo ficar com a barriga mais dura, como se fosse uma cãibra, quando subo muitas escadas ou sento e levanto com frequência. Disse que deveria começar a tomar magnésio (Magnesona), juntamente com o Folicil. As tensões estava óptimas, como sempre estiveram. O teste de tolerância à glicose que fiz há duas semanas atrás também estava óptimo. Depois, fui para a balança para avaliar as desgraças deste último mês. Resultado: 70kg. Ele disse que tinha esperança que eu levasse o meu peso certinho, mas já está tudo fora dos carris. Bem, convém referir que ele usa como referência os 61kg do início da gravidez, quando eu emagraci 2kg. O meu peso normal é 63kg, logo engordei 7kg e não 9kg. Também não vou estar aqui a regatear 2kg. Um peso adequado é do meu interesse e não do médico ou do meu marido. Tenho que voltar à dieta equilibrada, mas custa tanto não ceder de vez em quando...
Depois, passámos à ecografia. E não é que a safada já deu a volta? Eu achei isto muito estranho porque sempre achei que fosse dar conta dela dar a volta. Pensava, mesmo, que pudesse doer. Afinal, é um bebé que a rodar sobre si mesmo dentro da minha barriga. De facto, notei que há mais ou menos duas semanas a minha barriga ficou mais pesada e maior. Pensei que fosse a criança que tivesse crescido. Mas foi mesmo a sensação de peso, por estar com a cabeça para baixo. Depois, duplamente safada, voltou a virar-nos o rabo. Estava completamente de costas. Vi-lhe o pescocito e uma orelhinha. Ele lá andou a medir a cabecita e diz que está com um tamanho normal para a idade. Também tinha líquido amniótico suficiente e, pronto, está tudo bem.
De volta à mesa, perguntei-lhe como seria o parto, tendo em conta o meu historial recorrente de hemorróidas. Ele garantiu-me que, em princípio, esse não seria um motivo para uma cesariana. Às 34 semanas, temos que fazer uma análise do meu útero, dos ossos pélvicos, do sangue e tudo isso determinará que tipo de parto será o mais indicado. Garantiu-me que já não há partos com dor, que um parto vaginal só de enfermeira é sempre o mais desejável, porque é sinal que não houve necessidade da intervenção médica.
Saí de lá cheia de medo do parto. Saber que a criança já está orientada para sair, dá-me uma sensação de que ela pode querer nascer a qualquer altura. O médico disse que os bebés podem querer sair em qualquer posição. Estar de cabeça para baixo não acelera partos. Adoro desfazer estes mitos da minha cabeça, mas confesso que não estou totalmente convencida.
Já me tinham assustado, dizendo que era muito aborrecido fazer este teste. É difícil, chato, muito complicado. Eu sabia que era uma análise ao sangue e beber um líquido muito doce. Nunca imaginei que pudesse ser assim tão complicado.
Então, é assim:
1 - Chega-se em jejum e faz-se logo a análise ao sangue. Usaram o braço direito e não me doeu nada.
2 - Logo a seguir, a técnica mistura um pó branco num pouco de água (+- dois copos de plástico). Tinha 3 minutos para despachar aquilo. Não sabe mal, nem bem. Resolvi engolir aquilo de um trago só e não me ficou nenhum sabor estranho na boca. Estou habituada a beber grandes quantidades de água, por isso não me custou nada.
3 - 1 hora depois, fui recolher sangue novamente. Usaram o braço esquerdo e doeu mais um bocadinho. Explicou que é normal, que a sensibilidade vai aumentando. Tudo bem até aqui.
4 - 1 hora mais tarde, nova análise ao sangue. Voltaram ao braço direito, mas não saiu sangue suficiente para a análise. Tiveram que ir ao braço esquerdo recolher mais um pouco.
Resumo: O mais aborrecido foi ter ficado lá duas horas. Uma amiga foi comigo, por isso foi só por a conversa em dia. É só esperar por um bom resultado.
Saldo positivo!!
Cheguei às 26 semanas. Começo a dizê-lo com cada vez menos entusiasmo e mais cansaço. Só me apetecia fazer um fast forward para as 36 semanas!
Então, como é que anda a minha princesa cá por dentro? Pelos vistos, a audição está a ficar cada vez melhor. Já pode ouvir o papá e a mamã a conversar. Temos que ter cuidado com as conversas. :)
Há uma coisa que me causa alguma estranheza que é estar a engolir o líquido amniótico. Isso é determinante para o desenvolvimento dos pulmões. Portanto, agora é um peixinho. Deve ser tão difícil de repente começar a respirar ar....
Esta menina já deve estar a pesar mais de 1kg, porque o peso já me incomoda. E sempre pensei que sentisse mais o peso da barriga na parte exterior, mas o pior é mesmo por dentro.
Esta semana vou, também, fazer o Teste de Tolerância à Glicose. Vou passar a manhã toda no hospital, pois não é coisa para ser rápida. Depois conto com detalhe.
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