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A descrição de uma viagem que começou com um teste de gravidez POSITIVO
A parentalidade é tentar fazer algo que nunca ninguém soube fazer bem, diz Sadhguru. Mesmo aqueles que têm 12 filhos estão sempre a aprender. Podem criar bem os primeiros 11, mas o 12º pode ser o cabo dos trabalhos. Sadhguru dá-nos dicas essenciais para criarmos bem os nossos filhos.
Saber criar a atmosfera necessária pode ser o maior desafio. Alegria, carinho, amor, disciplina, responsabilidade, tanto em nós, como em casa. Se dermos amor e apoio aos nossos filhos, a inteligência deles vai florescer naturalmente. Lembrem-se, os nossos filhos não têm que seguir os nossos passos na vida. Eles devem fazer coisas que nós nem sequer tivemos a ousadia de pensar. Só assim haverá progresso. Eles devem estar um passo à nossa frente, com mais alegria, menos medo, menos preconceito, menos constrangimentos, menos ódio, menos miséria. Esforcemo-nos para deixar seres humanos melhores do que nós no mundo, em vez de putos mimados.
Muitos pais têm tantas aspirações e ambições para os seus filhos que os sujeitam a demasiado sofrimento e dificuldades. Querem que os filhos sejam aquilo que eles não foram, querem realizar as suas ambições através dos seus filhos e isso é extremamente cruel. Outros, por outro lado, dão tanto aos seus filhos que os tornam inúteis e incapazes. Há uma fábula que ilustra isto muito bem.
Um dia, um yogi viu um casulo ligeiramente rachado e a borboleta no seu interior lutava para sair do casulo, que era muito rijo. O yogi viu isto e, com toda a sua compaixão, abriu o casulo para que a borboleta pudesse sair. Quando saiu, a borboleta não conseguia voar. Era essa luta para sair do casulo que permitia à borboleta fazer uso das suas asas e voar. De que serve uma borboleta se não conseguir voar? Muitas pessoas, naquilo que acham que é o seu amor pelos seus filhos, tornam os seus filhos borboletas que não conseguem voar.
Não há uma regra para as necessidades de uma criança. Cada criança é diferente e não devemos estabelecer comparações. Cada uma precisa de uma dose diferente de atenção, de amor, de disciplina. Resta-nos conhecer as necessidades dos nossos filhos.
Muitos pais acham que se tornam professores assim que um filho nasce. Na verdade, é exactamente o oposto. Quando nasce um bebé, chega a hora de aprender. A única coisa que temos que ensinar a um filho é a sobreviver porque viver já ele sabe. Um aduldo já passou por vários tipos de sofrimento, a criança não, ainda não tem influências. Por isso, só temos de aprender com eles e não ensinar.
Pais verdadeiramente preocupados com os seus filhos devem criá-los de forma a que os seus filhos nunca precisem dos pais. O processo de amar deve ser sempre libertador e não opressor. Por isso, quando um bebé nasce, devemos deixá-lo olhar à sua volta, passar tempo na natureza, passar tempo sozinho. Não devemos impor as nossas ideias, religião ou moralismos. Temos que permitir que cresça, que a sua inteligência floresça, que olhe a vida através dos seus olhos e não através da sua família ou da sua riqueza. Os pais devem ajudá-lo a aprender por si próprio, a usar a sua inteligência para ver o que é melhor para si.
Para criarmos bem uma criança, a primeira coisa a fazer é ser feliz. E nós bem sabemos como é difícil ser-se feliz nos dias de hoje, com tanta tensão, raiva, medo, ansiedade, inveja... O que é que eles vão aprender? Quem quer mesmo educar bem uma criança deve tornar-se numa pessoa querida, alegre e em paz. Quem conseguir executar esta mudança em si próprio, conseguirá ser bem-sucedido a educar uma criança.
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