Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Ter um filho doente é das piores coisas que podem acontecer a uma mãe. Felizmente, a minha filhota nunca teve nada de grave e, já assim, é assustador que chegue. É nestas alturas que mais penso nas outras crianças que estão doentinhas e nas suas famílias. Que mal terrível!

Na sexta-feira, dei o leitinho à princesa e pu-la a dormir por volta das 10. Até então tinha estado sempre bem disposta, com apetite, activa e até falou com o pai e com os avós no facetime. Quando me fui deitar, por volta da 1 da manhã, fui vê-la e estava a dormir. No minuto seguinte, ouvi um barulho e estava ela de gatas na cama e começou a vomitar.Foi tudo muito rápido. Vomitou mais 2 ou 3 vezes, até já não ter leite no estômago. Entre cada episódio, dormia no meu colo. Estava mesmo cansada. Depois, começou a vomitar bílis. Vi logo que já era mais sério e liguei para a Saúde 24. Mandara-me ir logo com ela para o hospital.

Como estamos em casa da minha mãe, fomos ao hospital de Chaves. Aquilo à noite é assustador. Vazio, parece um hospital fantasma! Esperámos imenso tempo, apesar da pulseira amarela. A minha menina vomitou bilis na viagem e no hospital várias vezes enquanto aguardava para ser vista por um Clínico Geral. O Hospital de Chaves não tem pediatras das 8 da noite às 8 da manhã. O médico, que atendia doentes adultos e crianças em simultâneo, lá chegou e disse logo que ela tinha que ficar internada. Era muito pequenina, precisava de soro para não desidratar. Não tinha febre, nem diarreia. Era só mesmo o problema de estar a vomitar bílis.

Lá ficámos no hospital e fomos para a Pediatria. Mais um serviço fantasma. Fomos recebidas por 2 enfermeiras que trataram de recolher sangue para análise e pô-la a soro. Isto foi o pior de tudo! Não sei se foi falta de cuidado ou se foi por ser de madrugada e as senhoras estarem a descansar quando chegámos, mas achei tudo um verdadeiro massacre. Queriam fazer tudo com uma só picada, verter o sangue para os frasquinhos e pôr o soro. Não conseguiram porque a veia "fugiu" e tiveram que fazer pôr o cateter na outra mão. Estar ao lado da minha queridinha e vê-la chorar de dor, sem perceber o que lhe estava a acontecer... Só dizia "bebé" e "mão". Nem é bom lembrar! 

Depois, fomos para o quarto, adormeceu no meu colo e depois foi para a cama. Sempre que se mexia, o aparelho do soro apitava, pois impedia que o soro fuísse normalmente. Quando acordou às 6 da manhã ficou num pranto depois de perceber que não estava em casa. E o meu colo só a sossegou passado algum tempo. É tão triste quando o colo da mãe não resolve... Depois de ter estado a soro, não voltou a vomitar. Ao pequeno-almoço bebeu chá e comeu um bocadinho de pão. Só já queria era brincadeira. A primeira visita, logo de manhã cedo, foi a do meu pai. Encarregou-se de percorrer aquele corredor para cima e para baixo com ela. Foi conhecer o outro hóspede, o Miguel, um menino de quase 2 anos. Depois chegou a minha mãe. A Mia adormeceu e eu também. Não foi muito agradável dormir numa cadeira (apesar de mais confortável do que eu esperei) com a roupa do corpo. Ao longo do dia foi petiscando pão e chá, não conseguiu almoçar (mas eu também não iria querer comer aquilo!), mas comeu a papa que lhe prepararam para o lanche. Depois, ainda recebeu as visitas do outros avós e da tia. O pai, infelizmente, está a trabalhar longe. 

As análises estavam boas, parou de vomitar, já comia, no entanto, ninguém me sabia dizer se ela continuava internada ou não. Fui com a tia falar com a pediatra e descobrimos que havia indicação do pediatra anterior para que continuasse internada. No entanto, a avaliação que ele fez foi antes dela comer. Não havia motivos para ela ficar ali, ansiosa, triste, limitada no espaço e com o braço preso a uma coisa. Esta pediatra concordou que ela podia ir embora e saímos ao fim da tarde de sábado.

Em casa, continuou com a dieta, sem gorduras, sem leite, bebeu muito chá à colher e só quer brincadeira. Hoje já bebeu o leitinho de que tanto ela gosta e não houve qualquer reacção. Está óptima, graças a Deus!

O que é que ela teve? Pois, não sei! Mas acho que me passou qualquer coisa, porque também não me sinto lá muito bem. Provavelmente, mais uma virose.

(Adorou passear no carrinho improvisado. As crianças vêem sempre o lado positivos das coisas. )

 

publicado às 14:14


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D