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A descrição de uma viagem que começou com um teste de gravidez POSITIVO
Como vivo numa cidade pequena, facilmente encontro as mesmas pessoas nos locais que frequento. Há um casal, com um bebé pouco mais velho do que a Mia, que vai os mesmos restaurantes. De todas as vezes, vejo o pai a trazer o carrinho e a posicioná-lo ao seu lado. "Conduzir" o carrinho do bebé é uma coisa que, habitualmente, os homens gostam de fazer. É, mais ou menos, como ter o poder sobre o comando da televisão. Ou a ilusão de que têm esse poder. Ora, o que não é tão habitual é ver o homem ficar com o bebé ao seu lado e prestar-lhe todo o tipo de assistência durante o jantar, enquanto a mãe janta calmamente. Não é habitual, nem é errado. Provavelmente, a mãe já fica com o bebé durante todo o dia e noite, e esta é uma forma de poder relaxar um pouco. O pai pode ser um pai do tipo mãe (também conheço muito poucos) e fazer questão de cuidar do seu filhote, tal como a mãe. Só não acho habitual. De todas as vezes que os encontrei, o bebé chorava sempre. Das outras vezes, levava a Mia comigo e nem prestava muita atenção porque tinha com quem me ocupar. Hoje, a Mia não foi e tive a oportunidade de observar tudo com calma. Sentaram-se mesmo ao nosso lado. Novamente, o pai ficou com o bebé e a mãe do lado oposto da mesa. O bebé chorou a noite toda. O pai ia abanando o ovo na tentativa de sossegar o bebé. Nada. O bebé estava desesperado. A mãe comia a sua refeição, falava ao telefone, não se mexeu do lugar. As outras pessoas do restaurante já olhavam para lá porque o choro do bebé simplesmente não terminava. Eu evitava olhar porque não queria constranger os pais. Não bastava terem o filho naquele estado e ainda levarem com os olhares de estranhos. O que me apetecia fazer era levantar-me, pegar naquele bebé ao colo e tentar sossegá-lo. Acho que de todas as vezes que fui jantar fora com a Mia houve sempre um ou outro momento em que tive que segurar nela ao colo e lá ia comendo só com uma mão. Os restaurantes têm muito barulho, muita gente e é natural que os bichinhos não consigam descansar. Aquele menino não estava bem. Por fim, uma hora depois de terem chegado, a mãe levanta-se e troca de lugar com o pai, pega no seu filho ao colo e (surpresa!!!) o bebé sossegou e até sorriu. O bebé só queria a mamã e ela negou-lhe isso aquele tempo todo. Eu não gosto de julgar as outras mães porque elas é que conhecem os seus filhos e sabem como se sentem e os querem educar, mas o meu instinto de mãe só me dizia que devia ir pegar aquele bebé no colo. Não quero saber se se vão habituar ao colo ou não, se vão ficar mimados ou não. Para mim, um bebé não deve chorar. Se chora é porque está mal e, se está mal, não pode estar. Há muito tempo, quando forem mais crescidos e realmente perceberem as coisas, para os educarmos. Não querendo criticar, mas já criticando, a atitude passiva daquela mãe chocou-me. Primeiro, porque se procurava ter uma noite relaxada não conseguiu. Nem ela nem ninguém. Segundo, e mais importante, ela não esteve à altura das necessidades do seu bebé. Eu sei que sou uma exagerada, mas não consigo ser de outra forma. A minha filha suspira e eu estou logo em cima dela. Sou uma mãe ansiosa, mas tenho uma bebé muito calma. E, vocês, como são? Identificam-se com a mãe do restaurante?
Um dia de manhã, acordei e vi a minha princesa neste estado. Não tivesse ela dormido ao meu lado, diria que tinha caído ou qualquer coisa do género. Tudo aconteceu entre a mamada das 5 e das 8. As unhas não estavam particularmente grandes, por isso não estava preocupada. Deve ter sido alguma aresta mal limada. Sempre me preocupou a questão das unhas. No primeiro mês, as unhas iam partindo espontaneamente. Depois, começaram a ficar mais fortes e a crescer. A minha filha tem 2 meses e já lhe cortámos as unhas 3 vezes. Mesmo antes dela nascer, já tinha comprado uma tesoura de pontas arredondadas para o efeito. O problema é que para se conseguir cortar as unhas elas têm que ter um tamanho considerável. Ou seja, vai arranhar-se de certeza. Depois de a ver neste estado, aproveitei que estava a dormir no meu colo e cortei-lhe as unhas com um corta-unhas pequenino. Nem deu conta de nada. Sei que não cumpri com as regras de segurança, mas tive que proteger a minha filha dela própria. Ainda por cima, foi arranhar-se na zona dos olhos. É um perigo. Por aí isto também acontece? Como fazem?
Há 2 coisas que me custam imenso fazer ao cuidar da minha filha. E não tem nada a ver com fraldas sujas.
Pô-la a arrotar.
No hospital disseram-me para a segurar na vertical depois dela mamar e aguardar 15 minutos até ela arrotar. Se ela não o fizesse, podia pô-la a dormir. Era muito simples. Raramente arrotou nas primeiras semanas. Eu nem sabia como os bebés. Pensava que era aquele ar que eles deitam fora, mas não. Os bebés arrotam como gente grande. É impossível não identificar um arroto de bebé porque é exactamente igual aos nossos. Com o avançar do tempo e respectivo aumento da quantidade de leite para mamar, percebi a importância do arroto. Vale a pena insistir mais um pouco. No caso da minha filha, se a deitar logo vai bolçar de certeza. Perante isto, o meu marido é capaz de estar 2 horas à espera que ela arrote. Ora, nem 8 nem 80. Custa muito, sobretudo durante a noite, ainda meio a dormir, estar a segurá-la ao colo na vertical à espera do desejado arroto. Pesquisei imenso sobre isso, perguntei lá no facebook como as mães fazem para pôr os seus bebés a arrotar e não há uma receita mágica. Primeiro, nem sempre o bebé precisará de arrotar. Só se engolir ar é que ele terá que sair, tal como acontece connosco. No bebé é mais provável que aconteça, mas pode não acontecer. Depois, pode ter engolido ar e não o ter incomodado. Daí não ser necessário estarmos 2 horas a torturar o bebé e a nós próprios. Segui os conselhos de toda a gente. Eu queria era uma forma rápida dela arrotar para podermos descansar todos mais um pouco. No meu caso, pô-la no ombro não faz nada. Com a minha sogra resulta deitá-la e logo a seguir sentá-la. A minha mãe segura-a por baixo dos braços e também arrota. Comigo descobri por acaso. Um dia, depois de ter estado imenso tempo à espera que ela arrotasse, desisti e precisava de fazer umas coisas em casa. Agarrei nela com um braço e tratei do que precisava de fazer. Acho que foi a pressão exercida ali na zona no estômago conjugada com o facto de estar na vertical que fez com que saísse um grande arroto. A partir daí, fiz sempre isso. Resulta às vezes. Detesto fazer isto. E o pior é que os bebés não falam, por isso não sei se precisa ou não de arrotar. Estou ansiosa para que deixe de precisar de arrotar. É uma canseira!
Vestir e despir.
Quando descobrimos que vamos ser mãe de uma menina, é impossível não pensar nas roupinhas e acessórios. Sempre imaginei que fosse uma coisa divertida. Não é. Vestir um recém-nascido é do pior que há para mim. Conseguir enfiar um braço e mais outro braço. Depois uma perna e outra perna e novamente a primeira perna que entretanto saiu do sítio. Não gosto nada. E talvez não goste porque sou obrigada a fazer isto várias vezes por dia. A minha filha bolça imenso e suja-se toda. Mesmo com babetes e fraldas de tecido, assim que a deito lá escorre um bocadinho de leite pela boca em direcção às costas dela. É uma rotina que se repete umas 3 vezes por dia, às vezes mais. O pior é de noite, quando já lhe dei o leite e a mantive sempre na vertical e depois lhe vou mudar a fralda. Correu tudo bem até que deita todo o leite fora. Toca a trocar a roupa e depois dar novamente leite porque ficou cheia de fome. Nunca mais chega o calor para ela vestir menos roupinha. :)
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