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A descrição de uma viagem que começou com um teste de gravidez POSITIVO
O meu bebé grande foi embora há 4 dias. Ainda não consegui falar sobre ele, mas preciso de o fazer, apesar ser impossível homenageá-lo como ele merece.
O meu bebé chegou às nossas vidas há 11 anos. Ainda cá estavam todos, nessa altura. Este menino foi comprado e prometo que não volto a comprar um animal. Mas não me arrependo porque foi a melhor compra de sempre. Devolveu a alegria à casa, que estava muito triste pela doença do meu avô. Este bichinho, quase humano, contagiava toda a gente com a sua energia. Apoderou-se e destruiu o cadeirão mais confortável da casa, escolhia o colo que queria sem pedir licença e todos lhe permitiam tudo porque ele era simplesmente adorável. Era um membro da família. É família.
Era a sombra da minha mãe. Seguia-a literalmente para todo o lado. E é a ela a quem mais custa a sua ausência. É ela que vê o lugar dele vazio, que não sente o seu arfar atrás dela. Já não lhe prepara o franguinho cozinho, já não lhe limpa os olhos todas as manhãs...
Foi um cão feliz e fez-nos muito feliz.
As lágrimas caem e a saudade aperta. Fica-me o consolo de ter passado o último mês inteirinho com ele, da minha filhota o ter conhecido e de ele, pacientemente, ter aturado todas as suas brincadeiras. Para ela, não era Bóris. É o Bóbi, igual ao peluche que ela tem no quarto. Que bom que teria sido que ela crescer ao seu lado...
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