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Hoje vou falar de mais um sintoma que me tem estado a afectar e me deixou a pensar seriamente no assunto. Há, em inglês, uma expressão que define o que estou a passar - pregnancy brain. O que é isto, afinal?

Falo do esquecimento ou falta de memória, também chamado de momnesia (poderíamos traduzir por mãemnésia). Como é
óbvio, a gravidez não altera o cérebro da mulher, mas eu acho que altera a cabeça, pois posso garantir que não me sinto tão atenta com antes. Eu posso confirmar.

De acordo com o que pude ler, não é a apenas gravidez que provoca isto, mas também tudo o que está à volta de dela, ou seja o cansaço, falta de sono, acumular isto tudo com o trabalho e família e o facto de o corpo estar a gerar um ser, consumindo muito mais energia.

A interferência directa da gravidez nesta nova forma de estar pode ter a ver com o facto de termos 15 a 40 vezes mais progesterona e estrogénio no nosso organismo e estas hormonas afectam os nossos neurónios. Também a oxitocina que provoca o parto e ajuda o corpo a produzir leite alteram os circuitos cerebrais.

O que eu noto ainda mais do que apenas falta de memória, é mesmo a desatenção. Às vezes, quando estou com os meus amigos, dou por mim a a afastar o olhar e a deixar de ouvir o que estão a falar. Acho que isto tem a ver com uma nova gestão de prioridades, mais do que um problema de neurónios. Ando tão, mas tão focada na minha gravidez que o resto já não importa.

Ainda no outro dia encontrei uma mãe com um carrinho no shopping. Comecei a falar com ela por causa do bebé e mal olhei para ela. Estava focada no bebé. Conversámos algum tempo, falei da minha gravidez e fui notando que ela me fazia perguntas mais pessoais. Quando ela fui embora, perguntei à minha amiga se a conhecia. Sim, ela conhecia e eu também. Simplesmente não lhe prestei qualquer atenção e depois fiquei a sentir-me absolutamente culpada.

No trabalho, que exige muita atenção e rigor, ainda não notei muitas interferência porque tenho que anotar tudo e o sistema que uso dá-me notificações do que tenho que fazer. Mas já me esqueci de fazer umas coisas e agora tenho uma excelente desculpa para justificar o esquecimento.

 

 

 

 

publicado às 11:18

Insónias

12.02.14

Ando muito preocupada porque não tenho conseguido dormir nada.

Se, no 1º trimestre, me fartei de dormir e de descansar, agora, recém entrada no 3º trimestre não consigo dormir. Sinto-me cansada fisicamente, a cabeça pede sono, vou para a cama e não consigo dormir. O pior é que de manhã acordo super cedo. Não sei o que se passa, mas acordo uma hora antes do despertador tocar. Ora, adormeço tarde, acordo cedo e depois toca a trabalhar. É certo que estou em casa, trabalho no conforto do sofá, faço as pausas que entendo, mas não durmo. Ando louca!

Sempre fui uma pessoa com pouca tolerância à falta de sono. Longe vão os tempos em que fazia directas e nada acontecia. Aguentava tudo. Talvez seja por isso que agora tenho estes problemas. Anda tudo descontrolado. Quando durmo menos do que 8 horas, fico sem energia, irritada, sem paciência e com um péssimo aspecto.

Por outro lado, será que é a Natureza a preparar-me já para as dificuldades da maternidade? Acho que dormir durante 5 horas seguidas deve ser fantástico para uma recém-mamã e dificilmente acontecerá. Confesso que isso me assusta imenso e tenho medo da forma como me poderei sentir nessa altura. Espero ter a ajuda das hormonas. Que elas me deixem sempre feliz e satisfeita, apesar de cansada. Neste momento, não estão a ser grande ajuda...

Quero dormir....

 

 

publicado às 09:30

Pelo que percebi, não há um consenso sobre o qual o número de meses a que corresponde o número de semanas. Vi algures que o 7º mês vai das 27 às 30 semanas e, para mim é suficiente. Faz-me pensar que falta pouco tempo para a bebé nascer.

 

Às 27 semanas, o cérebro do bebé está muito activo. Os sulcos característicos da superfície cerebral começam a aparecer e mais tecido cerebral se desenvolve.

 

Aqueles movimentos ritmados que sentimos, são certamente soluços, comuns esta semana e ao longo de toda a gravidez. O bebé soluça mesmo respirando líquido amniótico, e não ar. As crises de soluço não costumam durar muito tempo, e a sensação pode ser estranha, mas é mais engraçada do que desagradável. Pelo menos a mim não me incomoda.

MEDO!!! O útero já chega até à caixa torácica, o que explica alguma falta de ar que possamos sentir. Isto, sim, tira-me o ar! Como claustrofóbica que sou, primeiro tenho pena da catraia que está ali fechada num espaço cada vez mais pequeno para o seu tamanho, depois tenho pena de mim, que me sinto a esmagar por dentro. Explico melhor: ainda não sinto nada disso, mas a ideia de poder sentir isso, causa-me pânico. Os órgãos a comprimirem cada vez mais, a falta de ar... não percebo a beleza disto! A coisa boa disto tudo, é que o bebé está a engordar e a crescer. :)

Para ajudar à festa, agora também nos sentimos mais pesadas. No meu caso, que consegui manter alguma elegância até agora, acho que a partir de agpra é para esquecer. Sinto-me mesmo muito cansada, movimento-me mais lentamente, mas também não é nada que me incomode muito.

 

Esta também é a altura de começarmos a sentir outros incómodos: cãimbras nas pernas, varizes, hemorróidas e comichão na barriga. Ora, ainda bem que tocamos nestes assuntos:

- Cãimbras não sinto muito, mas já senti. Nada de especial, basta movimentar-me um pouco e passa. Tenho que reforçar a dose de bananas cá em casa.

- As varizes ainda não apareceram e espero que não apareçam. Quem tem diz que não é muito agradável...
- As outras varizes, situadas noutro sítio, as malogradas hemorróidas estão na altura de aparecerem. Tendo em conta que as minhas já apareceram há um mês, já levo um avanço considerável. Não quero imaginar como é que isto vai acabar. Não quero imaginar... Aliás, imaginem agora essas varizes noutro sítio, igualmente constrangedor. Sim, na coisinha mesmo. Esta semana, uma amiga disse-me que teve, mas que passou. Não me descreveu a experiência, talvez para não me assustar. Mas passa, pessoal. Toca a animar.

- A comichão na barriga já apareceu há algum tempo. Nada que umas festinhas discretas na barriga não aliviem. Não é nada de especial. Já ouvi relatos absolutamente pavorosos de pessoas que têm que andar sempre com creme na carteira para quando dá uma crise de comichão.

- Devo acrescentar que sinto, também, umas contracçõezitas (chamadas de Braxton-Hicks). Na prática, a barriga fica muito dura durante uns longos segundos e depois passa. Não dói, mas também não é engraçado. Pelo que pude apurar, é o corpo a preparar-se para o parto. Estas não são as contracções perigosas. De qualquer forma, convém não arriscar e falem com o vosso médico.


Para as mamãs que têm sangue Rh-negativo, o vosso médico deve indicar nesta altura um exame para detectar anticorpos anti-Rh, também chamados de anti-D, e aplicar uma injeção para combater a incompatibilidade e evitar problemas com o bebé. Talvez o médico indique a repetição da injeção com 36 semanas.

publicado às 10:51


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