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18 semanas

11.12.13

Acabadinha de chegar às 18 semanas.

 

Dizem que no segundo trimestre a mulher se sente fabulosa, já não está tão cansada, que volta às rotinas habituais. Eu ainda não consegui.

O bebé já se mexe muito mas, como eu sinto tantas dores abdominais, não consigo perceber nenhum movimento. Sinto imensos gases, que me provocam muita dor, e cólicas. Eu, que nunca tive enjoos ou digestões difíceis, dou por mim a queixar-me de azia e sensação de estômago cheio. Parece cedo para isso, não?

 

Também passei a sentir mais fome. Andava a controlar de perto o meu peso. Até à ultima pesagem, estava apenas com 1kg a mais. Hoje isso já não se deve aplicar. Tenho mesmo vontade de comer doces, coisa que não me acontecia antes. Na verdade, isso é uma necessidade energética nossa e do bebé. Podemos sempre compensar com alguma actividade física ligeira, mas é importante falar com o médico primeiro. No meu caso, foi desaconselhado e ainda nem sei bem porquê.

 

Então, e o bichinho? Como é que ele está nesta fase?

As orelhinhas estão posicionadas no local correcto e completamente formadas. Nunca pensei que as orelhinhas demorassem tanto tempo a formar-se. Já acompanho a sua formação há imenso tempo.

Ainda ontem discutia este assunto com o meu marido. Será que a bebé nos ouve? Eu dizia que sim, ele dizia que não. Ganhei eu! :) Agora vou ter mais cuidadinho com o que digo.

Os ossinhos começam a ficar mais durinhos, os nervos estão fazem ligações mais complexas e os sentidos estão em pleno desenvolvimento. O bebé está coberto por uma cera gordurosa e espessa, o vérnix, que o protege da exposição ao líquido amniótico. Este também vai ajudar à expulsão na altura do parto.

 

Nesta fase, é importante ter uma alimentação rica em cálcio, legumes de folhas verdes, salmão e amêndoas, por exemplo.

 

A maior alteração que sinto é mesmo uma carência afectiva e uma sensibilidade extremas. Choro por tudo e por nada, sinto falta de pessoas queridas, choro mais um bocadinho, acho que ninguém me presta atenção, etc. Está a custar-me muito sentir-me assim.

 

Aguardo a(s) próxima(s) semana(s). Espero que sejam um bocadinho melhores, apesar de não me poder queixar.

publicado às 16:35

Sempre fui moça de gostar de sair à noite. O marido é como eu. Com o tempo, as noitadas foram ficando mais escassas, mas temos que ir ao café à noite todos os dias.

 

Desde que engravidei que a situação mudou um pouco. Nos primeiro meses, tinha tanto sono, mas tanto sono que só pensava no meu sofá. A ideia de ter que me arranjar para sair dava-me ainda mais sono. Tentei manter ao máximo uma vida normal, com as mesmas rotinas, mas foi complicado.

 

Logo no início do 2º trimestre, fiquei com uma constipação terrível. Sempre que apresentava melhoras e punha o nariz fora de casa, voltava a ficar pior. Andei assim umas 3 semanas e, consequentemente, fora do círculo nocturno. Depois, veio a 'amniocentese' e foi repouso absoluto mais uns dias. Resumindo, estive recolhida uma série de fins-de-semana e ninguém me pôs a vista em cima.

 

Este fim-de-semana preparei-me para sair. Já estava mesmo a precisar. Jantar com o marido e depois ida ao café do costume. Aqui, as coisas não correram muito bem. Depois de ter tomado o meu habitual carioca de limão, vendo que todos bebiam as suas minis, fiquei com uma enorme vontade de beber um panaché (cerveja com 7up), acompanhado de uns tremoços. Pedi ao marido que me pedisse um panaché fraquinho com cerveja sem álcool. Quando comecei a beber aquilo, parecia-me cerveja normal. Perguntei aos meus amigos se a cerveja sem álcool tinha o mesmo sabor. Disseram que com a 7up era provável que sim. Foram chegando mais pessoas e olhavam para o meu copo. Eu dizia, orgulhosa, que era sem álcool. Entretanto, fui sentindo aquela dormência típica de quem bebe álcool e não está habituada. Perguntei ao dono do café se aquilo tinha álcool e ele disse-me que sim, mas que era fraquinho. Fiquei furiosa!! Quem é ele para decidir se eu quero fraquinho, forte ou sem álcool? Logo ele que acabou de ser pai do segundo filho. Isto não se faz. Valeu-me que bebo devagar e quando me apercebi ia o copo a meio.

 

Depois, fomos a um bar novo. O pior foi mesmo que cheirava a tinta, pelo menos num dos espaços. Não gosto nada de me expôr a este tipo de lugares. Mantivemo-nos no espaço mais arejado, perto da saída. Iam chegando amigos e nós íamos dizendo que eu estava grávida.

 

O momento mais engraçado da noite foi quando um dos amigos do meu marido me disse que, dado que estava grávida, esta seria a minha última noite a sair. Concordam? Acham que uma grávida deve ficar em casa, esperando que o rebento chegue? A minha saída, para além dos percalços inesperados, não teve nada de violento. Às 2:30 já estava na caminha. Eu acho que, enquanto me sentir bem e os espaços forem adequados, vou sair. Ter uma mãe deprimida em casa também não deve ser muito bom para o bebé. O que acham?

 

 

publicado às 11:30


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