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Conheci a Rita em Julho de 2014. Na altura, eu estava a promover um passatempo juntamente com uma clínica e o prémio era um teste de determinação do sexo do bebé. A Rita candidatou-se, como muitas outras, e foi a sorteada. Foi aí que se começou a desenrolar uma história linda, que eu já tive oportunidade de partilhar convosco. A Rita contou-me, então, que não estava grávida, mas que ansiava pelo seu teste positivo há 2 anos. Estava a fazer um tratamento de fertilidade e a vontade que tudo corresse bem era enorme. Ter ganho este prémio entre mulheres que estavam efectivamente grávidas tornou-se num óptimo presságio e, agora, eu era mais uma a torcer pelo teste positivo. Pedi-lhe que me mantivesse a par dos desenvolvimentos.

Um mês e tal mais tarde, recebi a tão esperada novidade da Rita. O teste era finalmente positivo. Foram 2 anos de um caminho tortuoso, dezenas de testes negativos, muitos exames, nem sempre agradáveis e com resultados muitas vezes desanimadores. O facto da Rita e o marido, João, estarem a ser acompanhados numa clínica da especialidade deu-lhes ânimo, o teste que ganharam no meu blogue deu um empurrãozinho e a grande vontade de serem pais fez o resto. Os ingredientes estavam misturados e o universo encarregou-se de colocar tudo no devido sítio.

Após o tratamento de fertilidade, tinham que esperar 14, 15 dias para fazer um teste e ver se realmente tinha resultado. Mas, como calhava a um fim-de-semana, ainda tiveram que aguardar um pouco mais. Uma espera angustiante para quem já tinha esperado tanto. A Rita tentou manter-se calma e jurou a si mesma não se desgastar com testes antes do beta-hcg e fez o marido prometer que também não a deixava fazer. Havia sintomas estranhos, típicos de gravidez, mas a Rita, provavelmente não se querendo iludir demasiado, achava que podiam ser restos das imensas injecções que tomou: um bolo que sabia a peixe, as dorzinhas de barriga e o sono que a fazia bocejar mais de 30 vezes (sim, chegou mesmo a contar!).

No dia da análise, apresentaram-se na clínica às 10:30. Mantiveram-se tranquilos, como sempre procuraram estar longo deste processo todo. O resultado só estaria pronto no final do dia. Foram para casa, mas a Rita contava que o período aparecesse entretanto. Tinha aquelas moinhas… Depois do almoço, o telefone da Rita toca e, aí sim, o seu estômago deu duas voltas. Do outro lado era o Dr. Sérgio e perguntou-lhe se estava bem-disposta. “Sim, claro que estou bem-disposta!” “Ah, então ainda tem mais um motivo para estar! Deu positivo! 564! Está gravidíssima!” Explicou-lhe os passos seguintes e combinaram a primeira ecografia. A Rita olhou para o João, que tinha vindo a correr para ouvir a chamada, e abraçaram-se. Sem sequer falarem, perceberam que toda a frustração, dor e angústia tinham passado naquele momento. Choraram juntos e finalmente foram capazes de verbalizar um “Conseguimos!”, olhando-se nos olhos. O irmão do João, que também estava em casa, juntou-se a eles e deram juntos um abraço muito emocionado.

Entretanto, era hora de assimilar tudo o que estava a acontecer, fizeram muitas festinhas na barriga e partilharam a boa nova com os pais, que também aguardavam pela boa nova.

O teste de determinação de sexo fetal revelou que o feijãozinho na barriga da Rita era um menino. Em Março de 2015, o Tiago nasceu e tornou a vida da Rita e do João incomensuravelmente mais feliz.

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publicado às 12:28

...

12.10.15

Nos últimos dias, as coisas estão a melhorar bastante por estes lados. 

Para começar, a Maria Victória tem adormecido por volta das 20:30-21:00. Este horário é absolutamente surpreendente porque ela mantinha-se acordada até muito tarde. Começava a mostrar sinais de sono, preparava-a para dormir, bebia meio biberão e, de repente, começava a rir e a brincar. E isto acontecia várias vezes na mesma noite. Enfim... Então, agora tenho que dar o banho antes do jantar, come às 19:30, brinca um bocadinho e começa logo a ficar toda grogue com sono. Não fosse ela ainda acordar várias vezes durante a noite e era tudo perfeito.

Por volta das 2 da manhã, já sei como é - começa a chorar, faço-lhe umas festinhas, dou uns miminhos a ver se passa e nada! Pego nela ao colo porque sou terminantemente contra deixar bebés a chorar para os treinar. Então, dou umas voltinhas com ela ao colo. Por vezes, consigo acalmá-la assim, mas uns 20 minutos depois recomeça a chorar. E não pára até que lhe dê água. Tem mesmo sede. Antes achava que tinha fome e dava-lhe leite. Agora dou-lhe água porque não pode beber leite indiscriminadamente. Também tento controlar a água porque as fraldas não aguentam. Acontece imensas vezes ter de mudar a roupa toda porque fica tudo molhado e acho que acorda outras vezes pelo desconforto da fralda. E é isto que não pode acontecer. É um ciclo vicioso. E tenho que tentar eliminar o primeiro problema, que é ela ter sede. Ou ter o vício do biberão. Sinceramente, não sei o que fazer.

O melhor de tudo é que hoje consegui dar-lhe banho sem lágrimas. Meti-me na banheira, juntamente com a bonecada toda. O que a distraiu mais foi um livro insuflável com os animais que ela conhece que a tia da Índia lhe mandou. Convidei-a a entrar e ela sentou-se. Mostrei-lhe o livro, ela foi dizendo mémé, piu-piu, mu... Depois, pedi-lhe que chapinhasse. Ela começou a molhar tudo e foi a festa total! O pai, que estava ao lado, ficou molhado, mas valeu a pena. Lavei-lhe a cabeça e não reclamou. Esteve sempre bem-disposta e estou muito aliviada. Eu já tinha medo de lhe dar banho devido à ansiedade que lhe causava. Portanto, o segredo é a mãe e brinquedos na banheira, muita brincadeira e já está.

Espero que o soninho melhore esta noite. 

publicado às 22:18

Até por volta dos 12 meses, a Maria Victória foi um bebé extremamente fácil. Raramente chorava, estava sempre feliz e bem-disposta e era extremamente sociável. Agora, aos 17 meses, continua assim, mas chora. E chora, sobretudo, quando me afasto dela.

Eu já tinha lido que esta coisa da angústia da separação surge nos bebés entre os 7 e os 9 meses. Essa fase passou e eu fiquei muito descansada. Achava que já me tinha livrado de mais uma dificuldade. Dava-se bem com toda a gente, estranhos ou familiares, ia ao colo das pessoas, e passava muito tempo com os avós, sem reclamar. Ou seja, não havia qualquer angústia na minha ausência. Mas, pelos vistos, é normal isto acontecer em qualquer altura até aos 18 meses. 

Quando, em Agosto, passei o mês inteiro, o dia inteiro, com ela, tudo mudou. Andava à minha procura pela casa, chamava por mim, evitava o colo de gente que não conhecia. Quando regressámos a Vila Real e voltou à sua rotina de passar o dia na casa dos avós, já nada era o mesmo. Não queria ir, chorava, não queria sair do meu colo. Mesmo em casa, chora se saio da divisão onde estamos. E agarra-se ao meu pescoço a chorar. Sempre acordou uma ou duas vezes por noite, mas rapidamente regressava ao sono. Agora, chora copiosamente. E quer estar no colo, mas quer que eu esteja de pé. Se me sento na cama ou na cadeira de baloiço com ela ao colo, chora e não pára. Este espectáculo 2 vezes por noite tem sido terrível. 

 

Como é que eu sei que a minha filha está a passar pela fase da angústia da separação?

 

Essencialmente, porque ela cumpre todos estes requisitos:

- Não quer sair do meu colo: grita, chora ou reclama sempre que saio do seu campo de visão ou me afasto. 

- Rejeita pessoas estranhas. Quanto mais se aproximam, tentando tocar-lhe ou dar-lhe um beijo, pior é. Fica com medo e chora.

- Não se sente bem em ambientes que não se são familiares. O caso mais flagrante é a creche. 

- Tem dificuldade em adormecer e acorda com frequência durante a noite. Só acalma no meu colo.

- Medo do banho, da água... este é o mais recente sintoma.

 

Por que acontece?

A boa notícia é que acontece porque o desenvolvimento psíquico da criança está a decorrer de forma correcta. O bebé toma consciência de que é distinto da mãe e sofre com a separação. Como não tem a percepção de que vai voltar, acha que é a ausência da mãe é para sempre. Se não vê, não existe. Como não tem noção de tempo, 1 minuto só para a mãe ir à casa de banho pode parecer-lhe uma eternidade. Agora, sim, já compreendo o sentimento de abandono e por que chora mesmo quando me ouve. Deve ser mesmo terrível achar que a mamã não vai voltar.

Desta forma, o bebé também aprende a distinguir quem lhe é familiar de quem não é. Também não é menos comum, o bebé afastar pessoas que lhe são familiares e focar a sua atenção apenas na mãe. É importante que estas pessoas que gostam tando do bebé não se sintam mal por serem afastadas. Sobretudo, esta também não é uma fase pela qual todos os bebés tenham que passar desta forma tão angustiante.

 

O que se pode fazer para ajudar o bebé?

As angústias e medos fazem parte da vida e não devemos evitá-los e, sim, aceitá-los e superá-los. Por isso, a missão é enfrentar esta fase com coragem. Muita força, porque eu estou quase a perder a minha.

 

- Não deixar o bebé chorar sem lhe prestar atenção. Tranquilize-o. Dê-lhe colo. Eu faço sempre isso. Até estava com receio de estar a pecar por excesso. Fico feliz por poder continuar a confortar a minha menina.

- Não deixar o bebé sozinho por muito tempo ou num quarto escuro para que ele vença o medo do abandono. Credo! Até me dá arrepios de saber que há pais que fazem isto. Nunca seria capaz de fazer isto.

- Se chorar duranto o sono, não se deve tirar o bebé da cama, ou estaremos a alimentar um transtorno do sono. Neste caso, deve-se tranquilizar o bebé, falar com ele e tocar-lhe para que regresse ao sono. Aqui estou claramente a fazer a coisa errada. Pego na minha filhota ao colo sempre que ela acorda. Este é um exercício para pôr em prática já esta noite.

- Permitir que o bebé acompanhe a mãe. Sempre que é possível, levo a minha filha comigo. Adoro que me acompanhe.

- Brincar às escondidas. Além de divertir o bebé, vai ajudá-lo a perceber que as coisas e as pessoas não desaparecem ainda que não estejam no seu campo de visão. O mais engraçado é que sempre brincámos com ela às escondidas desde bebé pequenina. Esta brincadeira sozinha, pelos vistos, não evitou a angústica da minha filhota.

- É boa ideia explicar às pessoas que o bebé está a passar por uma fase de angústia e que não levem a mal algum comportamento que não era habitual. Essas pessoas devem aproximar-se lentamente, brincando, falando, mantendo-se perto da mãe. Nunca coloque o bebé no colo de um desconhecido contra a sua vontade. Eu tento explicar, até porque às vezes é um bocado constrangedor. Sempre falei as melhores coisas do comportamento da minha menina que é difícil entender algumas reacções.

- Exponha o bebé a outras pessoas, sempre no seu colo. Isso não é problema. Faço questão que ela conheça muita gente. Se estiver comigo, no meu colo, reage bem às pessoas. Se querem tocar-lhe, então a coisa é diferente.

- Se o bebé chora muito quando a mãe tem que sair para trabalhar, é importante que esse tempo de afastamento seja o mais curto possível, até que ele perceba que a mãe vai regressar. Férias ou viagens de trabalho são de evitar. Isso não é problema. Não me afasto da minha filha mais do que as horas necessárias para trabalhar.

- Se esta fase se prolongar apesar de todos os esforços, é bom que se contacte um pediatra. Também pode ser que o bebé sinta falta de carinho ou atenção por parte de quem o cuida quando não está com a mãe. Isto não se aplica a nós. Falta de afecto é coisa que não existe.

- Caso tenha plena confiança na pessoa que cuida do seu filho, tente telefonar para lá 10 minutos depois de o ter deixado. Provavelmente, a angústia já passou. Isto confirma-se. Sai de casa num pranto e minutos mais tarde já está entretida com a sua vida. Fico muito mais aliviada.

- Muitos bebés, em especial os mais velhos, começam a apegar-se a um objecto de transição, uma manta ou brinquedo, que os ajuda a superar esta angústia. Não notei nenhum objecto com predilecção especial. Gosta de todos os brinquedos, mas rapidamente perde o interesse e passa para outro.

- Despedir-se sempre do seu bebé, diga-lhe que a mãe vai, mas volta. Não desapareça de repente. Desde que comecei a fazer isto que as coisas têm sido mais fáceis. Sempre que a distraem para eu ir embora ou ma levam é pior. Faço questão de lhe dar um beijinho, dizer-lhe que gosto muito dela e digo adeus. Espero que me acene de volta e acho que começa a compreender.

- Nesta fase, não se devem alterar rotinas. Ou seja, não é o momento ideal de ir para a creche. Oops!! Foi exactamente o que fizemos. E, de facto, não está a correr muito bem. Estou um bocado perdida e é um work in progress.

 

Espero que este texto tenha ajudado mães cujos filhotes estão a passar por esta fase. A mim, que fiz a pesquisa, ajudou imenso. Caso tenham outras sugestões, por favor, deixem nos comentários.

 

http://www.mustela.pt

http://www.materna.com.ar

http://www.bebesymas.com

publicado às 22:51

Hoje foi o 3º dia da Maria Victória na creche. Não correu bem e sinto-me muito angustiada.

Na segunda-feira, levei-a às 10:15 e fui buscá-la às 11:15. Quando chegámos até mostrou entusiasmo, mas rapidamente foi para dentro. No tempo em que me mantive a falar com a educadora, não a ouvi a chorar ou mostrar desagrado com nada. Vim embora sossegada. Às 11:15 em ponto estava a tocar à porta, ansiosa para ver como tinha sido o primeiro dia. Ouvi-a a reclamar por vir embora. Lavaram-lhe a carinha e puseram um pouco de creme, como fazem sempre. Vinha com o narizinho avermelhado, mas pensei que fosse por lhe lavarem a cara. Quando me viu ficou felicíssima. Uns metros mais abaixo, moram os avós e deixei a princesa lá. Não ficou particularmente feliz por me ter vindo embora e ficou a choramingar. Entretanto, passa logo.

Na terça-feira, ontem, chegámos na mesma às 10:15, mas já só fui buscá-la ao meio-dia. O plano era ver se ela tinha vontade de almoçar com os restantes meninos. Quando cheguei ouvi-a logo a chorar. A educadora explicou-me que ela só tinha começado a chorar naquele momento e que aparentava ter sono. Enquanto conversei com a educadora, a Maria Victória brincou com os cavalinhos e escorregas, sem problemas. Foi-me dito que esteve sempre a brincar, que quis participar espontaneamente na actividade de pintura que os outros meninos estavam a fazer. Depois, almoçou e comeu muito bem. A educadora estava mesmo animada. O pior foi que fui levá-la novamente aos avós, disse que tinha sonito, mas estava mesmo perturbada. Não sei se foi com a creche, se foi com o facto de eu a ter "abandonado" duas vezes na mesma manhã. Não quis sair do colo e teve alguma dificuldade em adormecer. Quando a fui buscar, não me largou mais. Mesmo durante a noite, acordou várias vezes e só queria estar ao meu colo. Não sei se é coincidência, mas ela estava com o narizito um pouco entupido e pode ter tido necessidade de estar mais na vertical.

Hoje, no 3º dia, apesar de estar na dúvida se devia levá-la à creche ou não, decidi levá-la. Ela acordou muito bem disposta, como sempre. Tentei limpar-lhe o nariz com soro, mas não me deixou. Entrou bem-disposta para a creche e hoje íamos testar a sesta depois do almoço. Ao meio-dia, ligam-me da creche a dizer que ela comeu apenas duas ou três colheres de sopa e não quis comer a massinha. Estava a chorar. Os avós foram logo lá buscá-la e veio de lá a soluçar. Também teve dificuldade em adormecer e estava muito assustada. Agora, durante a tarde, está normal.

Não sei o que fazer depois disto. A vontade que eu tenho é que não volte, mas tenho medo que fique ainda pior com o avançar da idade. Também não sei se ela reage assim por estar mais adoentada e fica mais sensível. Não sei o que fazer.

 

 

 

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publicado às 13:33

17 meses

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No dia 17, a princesa fez 17 meses. Adorava ter escrito qualquer coisa para assinalar a data. Não tive tempo. Ou vinha para aqui escrever ou aproveitava o pouco tempo com ela. Não havia dúvidas e fiquei só com ela. Tenho sempre a sensação de que não posso desperdiçar um minuto que seja. Por muito que até me apeteça fazer outras coisas, sinto uma necessidade enorme de estar com ela. Li algures que, tecnicamente, os bebés são bebés até aos 24 meses. A partir dessa altura são crianças. Ela está com 17 meses e a maior parte do tempo eu já vejo a criança e não o bebé. Sinto-a bebé quando se agarra ao meu pescoço, quando adormece no meu colo, como quando tinha dias, quando se refugia em mim para conforto. É certo que será sempre o meu bebé, mesmo que tenha 30 anos, mas o meu bebé está a crescer. E tenho saudades da versão mais pequenina da minha menina, ao mesmo tempo que adoro estar a vê-la crescer a cada dia. Só espero que Deus me permita continuar a sentir saudades do meu bebé, enquanto me delicio com cada palavra e gestos novos.

publicado às 00:15

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Linda à saída e já sem o ganchinho.

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Em FaceTime com o Papá.


Hoje, foi o primeiro dia de creche da Matia Victória. Aliás, hora. A manhã foi um bocado confusa, pois não faz parte das minhas rotinas preparar mãe e filha logo cedo, enquanto se responde a mails.

Pouco depois das 10, fui levar miss Mia à creche. Pensei que pudesse tirar-lhe uma fotografia à chegada, que me pudesse despedir convenientemente dela. Nada disso aconteceu. Ela começou a brincar com um cavalinho logo à entrada e uma funcionária aproveitou e levou-a para dentro. Fiquei cá fora a falar com a educadora. Nesse tempo que me mantive dentro do espaço, não a ouvi a chorar, o que acontece sempre que a tentam levar para longe de mim. Combinei passar para a buscar às 11:15 e saí de lá a chorar.

Às 11:14 já estava a tocar à campainha. Pedi para irem buscar a Mia e começo a ouvir um choro de reclamação. Não queria vir embora. Claro que isso passou assim que me viu. A educadora disse que ela comeu um bocadinho de pão, mas sentou-se para o fazer, não quis comer de pé. Brincou muito e circulou pelas salas. Nos próximos dias, começam algumas regras. Amanhã, já fica até um pouco mais tarde para ver se se interessa pelo almoço dos outros meninos. 

Só lhe consegui tirar uma foto no carro e até falámos com o papá via FaceTime. É o possível, já que não pôde estar presente no primeiro dia de creche.

Depois, fui levá-la aos avós e aí já choramingou um pouco porque queria ir comigo para casa. E eu também. Estou ansiosa pelo fim do dia para estar com ela outra vez. 

publicado às 16:24

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O meu bebé grande foi embora há 4 dias. Ainda não consegui falar sobre ele, mas preciso de o fazer, apesar ser impossível homenageá-lo como ele merece.

O meu bebé chegou às nossas vidas há 11 anos. Ainda cá estavam todos, nessa altura. Este menino foi comprado e prometo que não volto a comprar um animal. Mas não me arrependo porque foi a melhor compra de sempre. Devolveu a alegria à casa, que estava muito triste pela doença do meu avô. Este bichinho, quase humano, contagiava toda a gente com a sua energia. Apoderou-se e destruiu o cadeirão mais confortável da casa, escolhia o colo que queria sem pedir licença e todos lhe permitiam tudo porque ele era simplesmente adorável. Era um membro da família. É família. 

Era a sombra da minha mãe. Seguia-a literalmente para todo o lado. E é a ela a quem mais custa a sua ausência. É ela que vê o lugar dele vazio, que não sente o seu arfar atrás dela. Já não lhe prepara o franguinho cozinho, já não lhe limpa os olhos todas as manhãs...

Foi um cão feliz e fez-nos muito feliz.

As lágrimas caem e a saudade aperta. Fica-me o consolo de ter passado o último mês inteirinho com ele, da minha filhota o ter conhecido e de ele, pacientemente, ter aturado todas as suas brincadeiras. Para ela, não era Bóris. É o Bóbi, igual ao peluche que ela tem no quarto. Que bom que teria sido que ela crescer ao seu lado...

 

publicado às 12:33

O meu cabelo tem vida própria. Quando tinha o cabelo muito comprido, era um castigo para o pentear. Bastava encostar-me um pouco na almofada e ficava com rastas. Nem imaginam como acordava! Perdia milhares de cabelos a tentar penteá-lo. Só com doses massivas de amaciador conseguia suavizá-lo um pouco. 

A forma que eu arranjei de pentear o meu cabelo sem me descabelar toda foi com a Tangle Teezer. Comprei-a ainda grávida quando a vi numa farmácia. Sou um bocado impulsiva e comprei apenas porque achei a escova gira e pequenina e cabia facilmente na carteira. Adorei! Não magoa, não arranca cabelo, só me fazia falta um cabo.

A minha filhota herdou o meu cabelo. O dela ainda é encaracolado, mas temo que ficará como o meu: nem peixe, nem carne, assim um frisado esquisito. O dela é lindo, mas também fica logo cheio de nós. Pentear-lhe o cabelo é complicado. Experimentei a Tangle Teezer nela e é fantástico. Consigo pentear-lhe o cabelinho, sem a magoar, e ela até adora brinca com a escova.

 

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publicado às 11:49

Há uns dias chegou-me a informação que uma pessoa tinha dito que não queria ser como eu, que só vivia para a minha filha. Nunca me senti ofendida, até porque também me comparou com outra mãe que muito admiro.

Para pôr os pontos nos is, começo por dizer que a minha primeira prioridade na vida é a minha filha. E é-o desde o momento que soube que estava dentro da minha barriga. O sentimento de importância que ela tem na minha vida tem vindo a crescer exponencialmente: quando a comecei a sentir os seus movimentos, quando a barriga se tornou maior, quando nasceu, quando a acalmei junto ao meu peito, quando mamou, quando me apertou a mão, quando sorriu, quando, quando... o amor é maior do que ontem e os laços estreitam-se a cada segundo que passa. Qualquer mãe me entenderá. Quem não o é, poderá ter dificuldades em perceber isto. 

É que isto de eu colocar a minha filha em primeiro lugar, não me impede de fazer outras coisas. Faço-as é menos. Dá para ver pelo número de posts no blog, que reduziu dramaticamente. 

Eu sempre disse que entendia o que era ser mãe, porque era filha. A minha relação com a minha mãe é muito umbilical, e só reproduzo o que me foi ensinado. Eu escolhi ser mãe aos 35 anos porque já sabia que, a partir do momento que fosse mãe, tudo o resto poderia parar e ainda não estava preparada para largar o que tinha. A verdade é que hoje me arrependo de não ter sido mãe antes. Eu achava que estava ocupada a fazer coisas muito importantes, mas andei foi entretida, a perder tempo. Adiei a maternidade por nada!

Para aquelas meninas de trintas que me criticam por estar dedicada à minha família, pensem bem em quem andará mais feliz. Eu ou vocês? É que eu tenho o sono interrompido todas as noites desde há 2 anos, não saio para beber, não voltei a ir à discoteca, nunca mais consegui acabar um livro ou mesmo uma revista, não vejo TV em directo, vou ao cabeleireiro e à esteticista quando posso e ainda não consegui ir para o ginásio. Estou cansada, mas estou muito feliz. Na presença da minha filha, estou sempre a sorrir (sim, mesmo quando me acorda durante a noite!), já perdi todo o peso da gravidez graças à minha filhota, não leio nem vejo TV, mas aprendo todos os dias a ser uma pessoa melhor com a minha filha, e não sinto saudades nenhuma da noite. 

Há muitos motivos que podem levar uma mulher a não querer ter filhos (homem errado, carreira, egoísmo, falta de instinto maternal...). Está tudo muito bem! Agora, não critiquem quem está no ninho com a sua cria e é muito feliz. É muito feio.  

publicado às 17:34

Ter um filho doente é das piores coisas que podem acontecer a uma mãe. Felizmente, a minha filhota nunca teve nada de grave e, já assim, é assustador que chegue. É nestas alturas que mais penso nas outras crianças que estão doentinhas e nas suas famílias. Que mal terrível!

Na sexta-feira, dei o leitinho à princesa e pu-la a dormir por volta das 10. Até então tinha estado sempre bem disposta, com apetite, activa e até falou com o pai e com os avós no facetime. Quando me fui deitar, por volta da 1 da manhã, fui vê-la e estava a dormir. No minuto seguinte, ouvi um barulho e estava ela de gatas na cama e começou a vomitar.Foi tudo muito rápido. Vomitou mais 2 ou 3 vezes, até já não ter leite no estômago. Entre cada episódio, dormia no meu colo. Estava mesmo cansada. Depois, começou a vomitar bílis. Vi logo que já era mais sério e liguei para a Saúde 24. Mandara-me ir logo com ela para o hospital.

Como estamos em casa da minha mãe, fomos ao hospital de Chaves. Aquilo à noite é assustador. Vazio, parece um hospital fantasma! Esperámos imenso tempo, apesar da pulseira amarela. A minha menina vomitou bilis na viagem e no hospital várias vezes enquanto aguardava para ser vista por um Clínico Geral. O Hospital de Chaves não tem pediatras das 8 da noite às 8 da manhã. O médico, que atendia doentes adultos e crianças em simultâneo, lá chegou e disse logo que ela tinha que ficar internada. Era muito pequenina, precisava de soro para não desidratar. Não tinha febre, nem diarreia. Era só mesmo o problema de estar a vomitar bílis.

Lá ficámos no hospital e fomos para a Pediatria. Mais um serviço fantasma. Fomos recebidas por 2 enfermeiras que trataram de recolher sangue para análise e pô-la a soro. Isto foi o pior de tudo! Não sei se foi falta de cuidado ou se foi por ser de madrugada e as senhoras estarem a descansar quando chegámos, mas achei tudo um verdadeiro massacre. Queriam fazer tudo com uma só picada, verter o sangue para os frasquinhos e pôr o soro. Não conseguiram porque a veia "fugiu" e tiveram que fazer pôr o cateter na outra mão. Estar ao lado da minha queridinha e vê-la chorar de dor, sem perceber o que lhe estava a acontecer... Só dizia "bebé" e "mão". Nem é bom lembrar! 

Depois, fomos para o quarto, adormeceu no meu colo e depois foi para a cama. Sempre que se mexia, o aparelho do soro apitava, pois impedia que o soro fuísse normalmente. Quando acordou às 6 da manhã ficou num pranto depois de perceber que não estava em casa. E o meu colo só a sossegou passado algum tempo. É tão triste quando o colo da mãe não resolve... Depois de ter estado a soro, não voltou a vomitar. Ao pequeno-almoço bebeu chá e comeu um bocadinho de pão. Só já queria era brincadeira. A primeira visita, logo de manhã cedo, foi a do meu pai. Encarregou-se de percorrer aquele corredor para cima e para baixo com ela. Foi conhecer o outro hóspede, o Miguel, um menino de quase 2 anos. Depois chegou a minha mãe. A Mia adormeceu e eu também. Não foi muito agradável dormir numa cadeira (apesar de mais confortável do que eu esperei) com a roupa do corpo. Ao longo do dia foi petiscando pão e chá, não conseguiu almoçar (mas eu também não iria querer comer aquilo!), mas comeu a papa que lhe prepararam para o lanche. Depois, ainda recebeu as visitas do outros avós e da tia. O pai, infelizmente, está a trabalhar longe. 

As análises estavam boas, parou de vomitar, já comia, no entanto, ninguém me sabia dizer se ela continuava internada ou não. Fui com a tia falar com a pediatra e descobrimos que havia indicação do pediatra anterior para que continuasse internada. No entanto, a avaliação que ele fez foi antes dela comer. Não havia motivos para ela ficar ali, ansiosa, triste, limitada no espaço e com o braço preso a uma coisa. Esta pediatra concordou que ela podia ir embora e saímos ao fim da tarde de sábado.

Em casa, continuou com a dieta, sem gorduras, sem leite, bebeu muito chá à colher e só quer brincadeira. Hoje já bebeu o leitinho de que tanto ela gosta e não houve qualquer reacção. Está óptima, graças a Deus!

O que é que ela teve? Pois, não sei! Mas acho que me passou qualquer coisa, porque também não me sinto lá muito bem. Provavelmente, mais uma virose.

(Adorou passear no carrinho improvisado. As crianças vêem sempre o lado positivos das coisas. )

 

publicado às 14:14


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