O meu amor nasceu há 9 meses. Parece que o tempo passou a correr, mas também parece que ela esteve sempre aqui. Já não se imagina a vida sem ela. Por esta hora, há 9 meses atrás, o meu amor tinha 4 horinhas de vida. E eu estava deitada, por força do parto recente, ainda sem saber muito bem o que tinha acontecido. Tinha o meu bebé ali ao lado e só queria que não chorasse, pois não saberia o que fazer. Hoje, também dorme ao meu lado e continuo a querer que não chore, pois dilacera-me a alma. O meu bebé está enorme. Já não a manobro no colo como antes. O peso dos seus quase 10kg (se calhar até já é mais) vai-me dificultando os movimentos. Passá-la de um braço para outro também já raramente o faço. Mas não fica sem colo, não. Adoro embrulhá-la numa manta e embalá-la para dormir. E tenho que estar de pé, de um lado para o outro, que aqui a pequena diva reclama assim que me sento. E, quando finalmente, adormece, já sou eu que não quero pô-la na caminha. Dá vontade de ficar abraçada a ela para sempre. Esta menina de 9 meses já tem 3 dentinhos. E o quarto já está quase quase a aparecer. Sempre gostei de ver os bebés com os dois dentinhos de baixo. Ficam amorosos! Acho que a minha filha vai ficar logo com os 2 de baixo e os 2 de cima. Confesso que me parece um bocado esquisito, mas estou ansiosa para ver. O meu pai estava todo preocupado porque a sua netinha ainda não anda. Eu tinha começado a andar aos 9 meses e foi inevitável a associação. Perguntei no facebook às outras mães e os seus filhos tinham começado a andar com as idades mais variadas, desde os 9 meses até aos 20 e tal. Eu não gosto nada destas pressões e comparações. Cada criança cresce e desenvolve-se ao seu próprio ritmo e isso é que é bonito. A minha filha não anda, mas põe-se de pé na motinha, já apoia o pé todo no chão. Antes ficava em pontas, qual prima ballerina. Não a posso deixar sozinha 10 segundos que sejam. Quando volto a olhar, já está no lado oposto. Bate palminhas. Fala e fala e fala. Parece querer imitar-nos e então faz imensos sons seguidos. Apesar de ter imensos brinquedos didáticos, em português e inglês, continua a preferir um bonequinho/roca e qualquer coisa que dê para roer. Aqui em casa é BabyTV o dia todo. Quando ela adormece vamos a correr ver qualquer coisa que tenhamos gravado. Mas é uma alegria vê-la toda contente assim que se liga a televisão nesse canal. Cortar as unhas agora mais parece uma sessão de manicure. Se antes aproveitava quando estava a dormir para o fazer, agora tenho a tarefa facilitada porque ela até estica os deditos e fica a observar o que eu estou a fazer (é uma mini-diva, como eu digo). Também já sabe o que tem que fazer para tomar a vitamina D e é vê-la a abrir a boquita e aguardar que a gotinha caia. Sapatos é que não são com ela. Tenho a impressão de isso há-de passar um dia. Não gosta de usar sapatos, nem sequer meias. Eu ponho e ela tira. Também não insisto muito. Não gosto da ideia de ela estar desconfortável. Mas por estes lados é muito frio e uma botinha sempre aconchega mais o pé. Adora comer sopa e tomar o seu leitinho. Para a fruta nem sempre tem apetite. Ninguém pode comer pão ao pé dela. Começa aos gritos e lá temos que lhe dar a parte da côdea e ela fica satisfeita por uns minutos. Suja tudo, mas vale a pena vê-la satisfeita. Há tanto para falar da minha filha. Podia ficar aqui para sempre. É o meu assunto preferido e é inesgotável. Ela está aqui ao meu lado e eu preciso de olhar para ela e tocar-lhe. Preciso de ter essa disponibilidade e, por isso, tenho dedicado pouco tempo ao blogue. Hoje, celebrámos os seus 9 meses em pijama e em casa. Foi no quentinho do lar que passámos o dia. Todo o dia juntas. E devia ser assim todos os dias.