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A descrição de uma viagem que começou com um teste de gravidez POSITIVO
Estamos aqui:
http://otestepositivo.blogspot.pt/
Temos novo passatempo no Facebook.
Em parceria com a Entre Linhas e Papéis, estamos a sortear:
- 1 moldura personalizada
Nas imagens abaixo podem ver alguns exemplos de molduras.
Para participarem no facebook só têm de seguir estes passos:
- Like na página do facebook da Entre Linhas e Papéis
- Like na página Teste Positivo
- Partilhar este post publicamente
- Comentar esta foto, identificando 2 pessoas
Podem participar as vezes que quiserem, desde que identifiquem pessoas diferentes.
O sorteio termina no dia 19 de Novembro, às 23:59.
O vencedor será apurado através de random.org
Boa sorte a todos!
A Márcia é uma menina.
A gravidez da Márcia não foi planeada e o seu teste positivo foi uma verdadeira surpresa. Apesar de a cada mês ter as evidências de não estar grávida, outros sinais estiveram sempre lá: o cansaço extremo, as dores no corpo, inchaço, a vontade de comer esparguete a meio da noite… Para além disso, havia os contraceptivos. Não podia ser! As semanas passavam, os sintomas mantinham-se e a Márcia, em jeito de desabafo, partilhou com a sogra a sua preocupação, sem imaginar que pudesse estar diante de uma gravidez. Mulher mais experiente e preocupada com o que podia estar a acontecer a estes dois miúdos, no dia seguinte passa para as mãos da Márcia um teste de gravidez e pede-lhe que o faça já.
A Márcia agora estava com receio daquilo que mais temia. Aguardou umas horas até ter coragem de fazer o teste. A verdade é que tinha 18 anos, o namorado 21 e podiam estar à espera de um bebé. Encheu-se de determinação e fez o teste. 2 minutos depois, 2 traços vermelhões começaram a aparecer e foi um choque! O teste era positivo! Contou à sogra e depois foi-se refugiar no quarto, onde chorou copiosamente. Não podia ser verdade! Tinha uma vida toda pela frente! Não podia ser mãe com 18 anos!
Uns dias depois, Márcia fez a sua primeira ecografia. Havia a necessidade de confirmar essa gravidez, dado que era apenas um teste de farmácia. Esperou 3 horas pela sua vez e teve tempo suficiente para pensar em todas as possibilidades. Quando, por fim, se deitou naquela marquesa, não só se confirmou a gravidez, como foi informada de que estava grávida de 17 semanas. Outro choque!
Como mãe jovem que era, Márcia não se livrou das críticas. 4 meses sem se aperceber que estava grávida…. De certeza que engravidou de propósito para poder ir viver com o namorado! As pessoas logo se apressam a julgar os outros sem conhecerem a sua vida. A gravidez aconteceu numa altura particularmente stressante em que a Márcia fazia um estágio, acumulava várias tarefas e tinha imensas coisas para fazer. Mas, mais importante do que tudo, esta miúda soube abraçar esta gravidez como uma mulher.
Quando a Márcia fala do seu filho, tudo se resume a Amor. Não hesita em dizer que é a pessoa que mais ama no mundo, que foi o seu filho que lhe ensinou o que é o amor e que dava a sua vida por ele. Trocar a juventude pela maternidade é uma questão que não se coloca. Não há trocas. Há somas! Tudo acontece por acaso e este bebé é o melhor acaso do mundo.
A Márcia é uma menina, mas já sabe o que é o amor.
Imagem: Pinterest
Na noite de quarta para quinta, a Maria Victória estava muito agitada. Não dormiu bem. Chegou mesmo a chorar um pouco, e só sossegou com o meu colo. De manhã, senti-a um pouco febril. Fomos buscar o recém-adquirido termómetro digital, que mede a temperatura na testa e na orelhe, e não funcionava. É o que dá a tecnologia. Ela ia sair para os avós, então pedi-lhes que vissem a temperatura lá. Tinha mais de 38º. Pronto, começaram logo as preocupações. Ela alternava entre estados de choro e de brincadeira. O problema foi que não comeu nada o dia todo. Recusou tudo o que lhe era oferecido.
Quando voltou para casa, chorava, estava ainda um pouco febril, apesar do Be-u-ron. Não costumo ser uma mãe demasiado ansiosa com estas coisas das doenças. Sei que as crianças têm destas coisas e não gosto de lhe passar a minha preocupação. Eram 7 da noite e liguei para uma clínica para ver se alguém a conseguia observar. Não ia conseguir passar a noite sem saber o que a incomodava.
Atenderam-me às 20:30. O diagnóstico foi rápido. Nada nos pulmões, nada nos ouvidos, mas tinha a garganta cheia de úlceras. Tinha HERPANGINA. A médica descansou-me, disse-me que era viral e que em alguns dias isso passava. No entanto, era doloroso. Muito doloroso. Viemos para casa com Ben-u-ron, Ib-u-ron e Ulcermin.
Têm sido noites e dias complicados, com dores, muito choro, pouco descanso. Continua a comer muito pouco e preocupa-me a desidratação. Espero que os dias passem muito depressa e que voltemos à nossa rotina habitual.
O que é, então, a Herpangina?
- É uma infecção dolorosa que afecta a cavidade oral, causada pelo vírus Coxsackie.
- Afecta maioritariamente crianças, especialmente durante o verão e outono.
- A transmissão, na maioria das vezes, ocorre pela via fecal-oral ou por gotículas respiratórias expelidas durante espirros e tosse de pessoas infectadas.
- Normalmente manifesta-se subitamente com febre, disfagia, anorexia, vómito, diarreia, sialorreia e dor de garganta. No período de estado febril, que dura de 1 a 4 dias, surgem na faringe e cavidade oral (amígdalas, úvula e palato mole), pequenas vesículas de coloração branco-acinzentadas, com 3 a 5 milímetros de diâmetro, rodeada por um alo avermelhado. Quando o quadro é grave podem surgir lesões também nas solas das mãos e dos pés.
- Após 2 a 3 dias, as vesículas ulceram. Costumam desaparecer dentro de alguns dias, havendo regressão espontânea das lesões.
- Normalmente, o tratamento é apenas de suporte, uma vez que se trata de uma doença auto-limitante e geralmente termina dentro de uma semana. Indica-se o uso de um fármaco anti-pirético para baixar a febre, bem como outros fármacos, como ibuprofeno e paracetamol, além de agentes anestésicos tópicos para aliviar a dor local.
- É recomendado evitar consumir alimentos condimentados, ácidos e quentes, bem como aumentar a ingestão de líquidos durante o período de tratamento.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Herpangina
http://www.tuasaude.com/herpangina/
http://www.remediocerto.com.br/Artigos.aspx?artID=51
http://www.odontodicas.com/artigos/herpangina.htm
A Maria Victória desde cedo se habituou ao telemóvel. Os bebés agora nascem a ver-nos com os telemóveis na mão, a falar ou a navegar por aí e já é uma coisa natural. A minha filhota rapidamente se apoderou dos nossos telemóveis. Aqueles dedinhos até parece que foram feitos para aqueles ecrãs. Para além da imagem, a Maria Victória gostava de simular conversas. Sempre que apanhava um telemóvel ou qualquer coisa se lhe assemelhasse, dizia "'Tô?", com ar de diva... Depois, passou a ver o telemóvel como forma de ver o pai quando estava longe. Várias vezes por dia usávamos o FaceTime e isso servia para encurtar a distância e (tentar) matar a saudade. Passou a perder o interesse pelas chamadas sem vídeo. Sem imagem, afastava-se logo.
Mas desde há umas semanas para cá que descobriu uma nova forma de contacto: o telefone fixo. Houve um dia que, por algum motivo, tive que ligar para casa dos avós (onde ela passa parte do dia) e não para o telemóvel. Passaram-lhe o telefone, ouviu a minha voz e, a partir desse momento, deu-se início a uma nova rotina. Todos os dias, pelo menos umas 2 vezes, a Maria Victória senta-se no cadeirão ao lado do telefone fixo e começa a chamar por mim. Já tentámos passar-lhe o telemóvel, mas ela insiste no telefone fixo. Gosta de o ouvir tocar, atender e ouvir-me do outro lado. Depois, vira costas e vai à sua vida. Parece que só quer saber que eu estou ali e isso basta-lhe.
É tão bom ela começar a perceber que estou sempre com ela, mesmo não estando lá fisicamente.
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