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Já vem sendo hábito eu escrever sobre o meu tesouro a cada mês que passa. Este tesouro chegou há 14 meses e eu acho que nem tinha a noção do quão valioso é. O amor vai crescendo a cada dia que passa. Quando a Maria Victória nasceu eu mal a conhecia. Vê-la ali, materializada, era mesmo assustador. Sentia mais medo do que amor. Os dias e os meses foram passando, e o medo foi desaparecendo, permitindo-me amar este pequeno ser sem qualquer barreira. É que o amor que sinto por ela é incomensuravelmente maior do que quando nasceu. Agora, está uma senhorita, há muito mais para amar. Mas as saudades do bebé que ela foi mantêm-se sempre aqui. Não é muito difícil gostar da minha filhota. Tem um sorriso muito fácil e a gargalhada pronta. É uma delícia ver aqueles 8 dentinhos. Já põe a língua de fora, mas sem a intenção que lhe damos. Faz pequenos recadinhos, leva coisas ao lixo, dá isto ao pai, dá aquilo à mãe. Adora a Tonicha e o Joaquim, que lhe dão pouca atenção. Na casa dos avós, tem uma pombinha que a visita. Chama-lhe "pimpim" ou algo parecido. Não sei se terá a ver com o facto de eu ter chamado várias vezes às pombas os piu-pius. Este mês também esteve frente a frente com um burro. Deve ter ficado espantada com o tamanho daquele cão. Está perigosíssima! Abre os armários todos, gavetas, leva tudo à boca. Comer a comida dos gatos é mesmo a coisa mais inócua que lhe pode acontecer. Mais uma vez, escrevo isto enquanto dorme no meu colo. Este é o melhor momento do meu dia. Ela quer estar comigo e eu com ela. Quem me dera que ela se habitue ao colo e queira colo para sempre. Dou-lhe milhões de beijos e digo-lhe que a amo. Vezes sem conta. Já deve ter percebido que sou uma melga. Passa o dia a chamar pelo Papá, pronunciado na perfeição, mas o colinho é o da Mamã. Ela bem sabe que não precisa de chamar por mim. Eu estou sempre aqui.