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A descrição de uma viagem que começou com um teste de gravidez POSITIVO
As avós da minha bebé andam excitadíssimas com a chegada da primeira neta, de ambos os lados. Primeira neta, primeira bisneta, primeira sobrinha. É a primeira, e pronto.
Já andavam meio desesperadas com a possibilidade de não virem a ter netos. Pelo menos os meus pais, dado que sou filha única. Eu e o meu marido já estamos casados há mais de 4 anos, não nos apetecia ter filhos e evitávamos o assunto. Somos daqueles que até gostamos de crianças, mas pelas mãos dos outros. Quando vamos jantar fora, não gostamos nada de berreiros e gritarias, etc, etc. Posto isto, andávamos a adiar a decisão de sermos pais. Era uma certeza que tínhamos, mas se pudéssemos adiar mais um bocadinho...
Quando ficámos grávidos, foi a alegria do povo. Confesso que a minha mãe, por ser minha mãe, estava mais aflita com a minha reacção à gravidez do que feliz por ser avó. Eu tinha tanto medo que algo corresse mal, que não me permiti ficar feliz, nem permiti aos outros. Assim que a fase crítica passou, foi a loucura total.
Sobretudo as avós andam numa correria desenfreada a comprar tudo e mais alguma coisa. Tem que se lhes pôr um travão. É calcinhas e camisolinhas e mantinhas e gorrinhos e babygrowzinhos e vestidinhos e pantufinhas e sei lá mais o quê. Uma delas nem me dá as coisas. Fica com elas lá em casa, nem percebo porquê. Deve pôr-se a olhar para aquilo quando está mais aborrecida.
Entendo a excitação delas, mas não deixo de achar que é muito prematuro. Eu estou grávida de 4 meses. Ainda falta mais de metade do tempo. Fico feliz que andem entusiasmadas, poupam-me imenso trabalho e dinheiro. Só receio o dia em que comprem qualquer coisa que eu não goste. Não vou consegui dizer que é bonito e tenho a certeza que vou partir um coração. Espero que esse dia nunca chegue. Elas têm bom gosto, é o que vale!
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