Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Eu sou uma pessoa muito franca e muito raramente não digo o que penso. Mais depressa fico calada do que minto, ou falo de alguma coisa sem acreditar no que digo.

Desde que estou grávida que tenho que levar com opiniões e conselhos que não pedi, avisos alarmistas e gente possessiva com o meu bebé. Não quero ser ingrata, sei que a maior parte das pessoas o faz pelo carinho que me tem ou à bebé. Mas não sei como fazê-los entender que a bebé, enquanto estiver na minha barriga, é minha e só minha. Compreendo que, quando nascer, eu serei a sua responsável e ela será um bocadinho do resto da família e dos amigos e, um dia, será ela próprio, livre para ser o que quiser.

Confesso que estou um bocado possessiva com a minha filha. Eu é que estou a passar pelas transformações todas, faço imensos sacrifícios para que esta gestação seja o mais saudável possível para ela, já passei por maus momentos graças à gravidez e há gente que acha que esta bebé é delas?? Não, não me refiro ao pai. E, sim, acredito que a bebé é mais minha do que dele. A vida do pai mantém-se inalterada, ao contrário da minha.

Alguém que me explique, por favor, como se reage perante uma pessoa que está permanentemente a comprar e a fazer coisas para a minha filha sem me perguntar se eu gosto ou se eu quero? Sinceramente, isto já não vai lá com aquele sorriso simpático, juntamente com um 'obrigada'. Sei que isto não é assim tão importante, que devia estar grata por me quererem ajudar, mas eu fico furiosa com estas coisas.

Já tenho uma série de coisas que não quero, de cores que não gosto, de materiais que não uso. Tenho sido sincera e digo do que gosto e do que não gosto para que as pessoas não gastem dinheiro inutilmente, e nada acontece.

Agora foi com cremes. Acharam que aqueles são os melhores para o bebé e toca a comprar. E se a criança tem uma alergia? Fico ali com aquilo? Fui informada de que se devia ter uma quantidade reduzida de cremes para bebé, para ver como eles reagem. Depois, sim, continuar a comprar. Hoje foi a questão de um equipamento. Só porque eu disse que andava de olho numa coisa especial, caiu o Carmo e a Trindade. Agora, só porque é dado, tenho que aceitar tudo o que me dão?

Eu só queria que as pessoas entendessem que eu vou ter a minha primeira filha. Eu quero que tudo seja especial. Eu tenho essa ilusão e não gostava que ma tirassem. Provavelmente, quando ela nascer ou se tiver mais filhos, mudarei de ideias. Mas, para já, idealizo um quarto de princesa, detalhes lindos, cheirinhos agradáveis, cores suaves, brinquedos fofinhos, tudo, tudo especial. Para mim, já é uma frustração enorme não poder comprar o que quero. Estou revoltadíssima porque comprámos um terreno uns tempos antes de eu engravidar e foi uma gastação enorme de dinheiro. Na altura que eu mais precisava de dinheiro, estou mais tesa que um carapau, e tenho que fazer uma ginástica inacreditável. Por isso, sou muito cuidadosa com o que compro, penso bem antes de comprar, aproveito promoções. Não quero ter um quarto de bebé que mais parece um circo com tantas cores que lá há, nem uma menina recém-nascida com cores gaiteiras. Só queria que me respeitassem um pouco mais. Posso estar errada, mas é assim que eu penso.

Sem querer, estas coisas afectam-me muito. Fico irritada porque vejo que sou constantemente ignorada.

publicado às 11:29


1 comentário

Sem imagem de perfil

De Rute a 07.02.2014 às 11:12

A sério??? como entendo!!Morri de me rir com este depoimento!

Comentar post



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D