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Ter um filho doente é das piores coisas que podem acontecer a uma mãe. Felizmente, a minha filhota nunca teve nada de grave e, já assim, é assustador que chegue. É nestas alturas que mais penso nas outras crianças que estão doentinhas e nas suas famílias. Que mal terrível!

Na sexta-feira, dei o leitinho à princesa e pu-la a dormir por volta das 10. Até então tinha estado sempre bem disposta, com apetite, activa e até falou com o pai e com os avós no facetime. Quando me fui deitar, por volta da 1 da manhã, fui vê-la e estava a dormir. No minuto seguinte, ouvi um barulho e estava ela de gatas na cama e começou a vomitar.Foi tudo muito rápido. Vomitou mais 2 ou 3 vezes, até já não ter leite no estômago. Entre cada episódio, dormia no meu colo. Estava mesmo cansada. Depois, começou a vomitar bílis. Vi logo que já era mais sério e liguei para a Saúde 24. Mandara-me ir logo com ela para o hospital.

Como estamos em casa da minha mãe, fomos ao hospital de Chaves. Aquilo à noite é assustador. Vazio, parece um hospital fantasma! Esperámos imenso tempo, apesar da pulseira amarela. A minha menina vomitou bilis na viagem e no hospital várias vezes enquanto aguardava para ser vista por um Clínico Geral. O Hospital de Chaves não tem pediatras das 8 da noite às 8 da manhã. O médico, que atendia doentes adultos e crianças em simultâneo, lá chegou e disse logo que ela tinha que ficar internada. Era muito pequenina, precisava de soro para não desidratar. Não tinha febre, nem diarreia. Era só mesmo o problema de estar a vomitar bílis.

Lá ficámos no hospital e fomos para a Pediatria. Mais um serviço fantasma. Fomos recebidas por 2 enfermeiras que trataram de recolher sangue para análise e pô-la a soro. Isto foi o pior de tudo! Não sei se foi falta de cuidado ou se foi por ser de madrugada e as senhoras estarem a descansar quando chegámos, mas achei tudo um verdadeiro massacre. Queriam fazer tudo com uma só picada, verter o sangue para os frasquinhos e pôr o soro. Não conseguiram porque a veia "fugiu" e tiveram que fazer pôr o cateter na outra mão. Estar ao lado da minha queridinha e vê-la chorar de dor, sem perceber o que lhe estava a acontecer... Só dizia "bebé" e "mão". Nem é bom lembrar! 

Depois, fomos para o quarto, adormeceu no meu colo e depois foi para a cama. Sempre que se mexia, o aparelho do soro apitava, pois impedia que o soro fuísse normalmente. Quando acordou às 6 da manhã ficou num pranto depois de perceber que não estava em casa. E o meu colo só a sossegou passado algum tempo. É tão triste quando o colo da mãe não resolve... Depois de ter estado a soro, não voltou a vomitar. Ao pequeno-almoço bebeu chá e comeu um bocadinho de pão. Só já queria era brincadeira. A primeira visita, logo de manhã cedo, foi a do meu pai. Encarregou-se de percorrer aquele corredor para cima e para baixo com ela. Foi conhecer o outro hóspede, o Miguel, um menino de quase 2 anos. Depois chegou a minha mãe. A Mia adormeceu e eu também. Não foi muito agradável dormir numa cadeira (apesar de mais confortável do que eu esperei) com a roupa do corpo. Ao longo do dia foi petiscando pão e chá, não conseguiu almoçar (mas eu também não iria querer comer aquilo!), mas comeu a papa que lhe prepararam para o lanche. Depois, ainda recebeu as visitas do outros avós e da tia. O pai, infelizmente, está a trabalhar longe. 

As análises estavam boas, parou de vomitar, já comia, no entanto, ninguém me sabia dizer se ela continuava internada ou não. Fui com a tia falar com a pediatra e descobrimos que havia indicação do pediatra anterior para que continuasse internada. No entanto, a avaliação que ele fez foi antes dela comer. Não havia motivos para ela ficar ali, ansiosa, triste, limitada no espaço e com o braço preso a uma coisa. Esta pediatra concordou que ela podia ir embora e saímos ao fim da tarde de sábado.

Em casa, continuou com a dieta, sem gorduras, sem leite, bebeu muito chá à colher e só quer brincadeira. Hoje já bebeu o leitinho de que tanto ela gosta e não houve qualquer reacção. Está óptima, graças a Deus!

O que é que ela teve? Pois, não sei! Mas acho que me passou qualquer coisa, porque também não me sinto lá muito bem. Provavelmente, mais uma virose.

(Adorou passear no carrinho improvisado. As crianças vêem sempre o lado positivos das coisas. )

 

publicado às 14:14

A minha princesinha nasceu há 16 meses e, desde então, nunca mais dormi em condições. Aliás, isto começou antes dela nascer, com as idas nocturnas à casa de banho para fazer xixi. Sei que não era muito complicado, comparado com outras mães, visto que no final só ia 2 ou 3 vezes. No entanto, era o suficiente para me interromper o sono. Logo eu que sempre adorei dormir e fazia questão de dormir muito. Deve ser um problema comum a muitas mães. A minha filha acorda 2 a 3 vezes por noite. E faz 3 sestas por dia. Agora que aprendeu a chorar para me chamar, usa essa arma descaradamente. Adormece entre as 21:30 e as 23:00. A partir da 1 da manhã começa o espectáculo. Ela chora. Aguardo uns 10 segundos para ver se é um sonho ou é a sério. Eu acho sempre que é a sério. Continua a chorar e intensifica o choro. Faço-lhe umas festinhas com ela ainda deitada. Não resulta. Pego nela e embalo-a. Não resulta. Chupeta. Não resulta. Dou-lhe água. Cala-se logo e costuma regressar ao sono. Passado 1 ou 2 horas, volta o choro. Festinhas. Colinho. Chupeta. Água. Já só se cala com o leite. Mas cala-se, é certo. E volta a dormir. Pode voltar a acordar e bebe mais um pouco de leite ou água. Com tanto líquido que ingere, a fralda fica muito cheia. Toca a mudar fraldas durante a noite, sempre com ela já a dormir e às escuras. Desenvolvi uma técnica especial. Entretanto amanhece, acorda super bem-disposta e cheia de energia. E eu... Podem imaginar... Ao fim de 16 meses nisto, tenho mesmo que tomar medidas rápidas. Eu não me importava de continuar sem dormir se não tivesse um trabalho diário muito exigente. Mesmo assim, quem não trabalha fora de casa também precisa de dormir, não? Eu preciso de dormir, preciso de ir ao ginásio, preciso de andar bem para cuidar da minha filhota. Dei início a uma guerra contra o mau sono! Aqueles programas de 10 dias e 5 dias que se vêem por aí, até com livros editados, assustam-me muito! Não quero mesmo ir por aí. Como é que um programa pode ser eficaz em bebés diferentes. Só mesmo à força. Vou fazer como sempre fiz e ver o que a minha filha me está a tentar dizer. Talvez esta até nem seja a melhor altura para o tentar porque estamos em casa da minha mãe e as rotinas são um pouco diferentes. Mas a mãe e a filha são as mesmas, por isso, vamos a isso! Comecei hoje! A noite passada, a Mia adormeceu por volta das 22:30. Tem sido muito difícil adormecê-la. Primeiro no colo, agita-se muito, depois na cama é o mesmo, até que adormece. Ou seja, o que eu acho que ela nos quer dizer é que a estamos a forçar a dormir antes do tempo. Mesmo estando ela a dar sinais de sono há algum tempo, não devíamos acelerar esse processo. Depois, acordou às 2, às 3 e às 6 da manhã. Dormiu até às 10 da manhã, o que não é nada habitual. Tem acordado entre as 8 e as 9. Como acordou mais tarde, tentei entretê-la o mais possível para evitar a sesta da manhã. Não mostrou sinais de sono. Em vez de almoçar à 1 como é habitual, antecipou-se a refeição para o meio-dia. Correu tudo muito bem. Não estava cansada, nem apresentou sinais impaciência. Antes das 2 da tarde já estava a fazer a sua sesta. Sempre pensei que fosse dormir umas 2 horas. Meia hora mais tarde choramingou, mas com umas festinhas regressou ao sono. Acordou em definitivo 1h15m depois de ter adormecido. Lanchou e esteve muito bem todo o dia. Num dia normal teria dormido a sua terceira sesta por volta das 6, antes do jantar. Hoje, não dormiu a primeira sesta, nem a terceira. Não me mostrou que tinha sono, logo não foi dormir. Muitas vezes, admito, dá-nos jeito que os bebés durmam para que nós possamos também descansar um pouco, ou fazer qualquer coisa em casa, mas não pode ser. Jantou muito bem às 19:15 e brincou bastante depois do jantar. Escolhemos brincadeiras mais relaxantes, com livros, e o sono chegou às 22:15. Foi muito rápido. Ou seja, não foi preciso embalar e passear e choros e gritos. Enquanto escrevo este texto, ela dorme. Já choramingou um pouco e fui dar com ela virada ao contrário na cama. Coloquei-a novamente com a cabeça para cima, dei-lhe uma chupeta e ficou bem. Ora, ainda não é meia-noite e até estou com medo do que me espera. Gostava de confirmar a minha teoria. Eu acho que a minha filha até não dorme muito durante o dia, mas faz sestas a mais. A meia hora ou 45 minutos que dura cada sesta deveriam estar concentrados numa só. Aliás, foi isso que ela me transmitiu hoje. Fiz só o que ela pediu. Adorava poder acordar só amanhã de manhã e dizer que isto está a resultar. Amanhã saberemos. De qualquer forma, sei que estas coisas do sono demoram o seu tempo e não há soluções imediatas. Este é o método da Maria Victória. Não quero deixá-la a chorar durante a noite, nem com sede ou fome, ou com a fralda molhada só porque eu preciso de dormir. Preciso de dormir, é um facto, mas a minha filha está em primeiro lugar. Sempre. Isto vai ser feito ao seu ritmo. Boas noites para todos! Amanhã trago novidades.

publicado às 00:11

True Humanist dá-nos 3 ideias muito simples para termos crianças de todas as idades felizes.

 

1. As crianças precisam de um mínimo de 8 toques durante o dia para se sentirem ligados aos pais. Ou 12, se for uma altura complicada. 8 ou 12 gestos de afecto parece-me tão pouco. Eu nem sequer consigo contabilizar todas as vezes que abraço e beijo a minha filhota por dia.

2. As crianças precisam de uma conversa olhos nos olhos com os seus pais, todos os dias. Mesmo com bebés, é importante olhá-los nos olhos. Acredito que com o ritmo de vida de muitos pais isso seja cada vez mais complicado. Estamos longe do pai da minha folha há 2 semanas, mas fazemos questão que ele converse com ela (através do FaceTime) todos os dias e várias vezes ao dia. É uma forma de ela ter o pai presente no seu dia-a-dia. 

3. Há 9 minutos durante o dia que têm o maior impacto numa criança: os 3 primeiros minutos depois de acordarem; os 3 primeiros minutos depois de chegarem da escola; os 3 últimos minutos antes de irem para a cama. Temos que tornar esses momentos especiais e fazer as nossas crianças sentirem-se amadas. 

 

Se é assim tão simples como parece, não custa nada pormos em prática estas sugestões.

 

 

publicado às 18:51

16 meses

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O amor da minha vida não pára de crescer. Agora parece que tem 16 meses. Sempre pensei que as crianças que são datadas por meses fossem uns bebés totalmente dependentes, que não andassem, não falassem, que continuassem a mamar em exclusivo e andassem sempre no colinho da mamã. A minha ainda é um bebé, é certo, mas já é muito mais do que um bebé. Não só anda, como corre e ninguém a apanha porque nos apanha de surpresa. Muitas vezes, enquanto tento mudar-lhe a fralda em cima da cama, roda sobre si mesma e desata a correr (sem fralda!) como se fosse salvar o mundo. E ainda faz troça! Já fala imenso. Está na fase de repetir o que dizemos e acredito que ainda vá piorar. As palavras preferidas dela são: mamã, papá/papi, vovó. Chama imenso por nós o dia todo. Chama Bóbi ao nosso Bóris, e já pede água e pão. Às vezes tem monólogos imperceptíveis. Deve estar a falar com o amigo imaginário. Troca tudo de lugar. Agora estamos na casa da minha mãe e a casa está em estado de sítio, tal como a nossa. Desaparecem coisas que vão aparecer mais tarde em lugares impensáveis. O contrário também acontece. Abre gavetas e armários e tira de lá o que lhe apetece. Normalmente, coisas afiadas e perigosas. Esta filhinha não teve o privilégio de ser amamentada. Foi-o só até aos 2 meses. Tenho a certeza absoluta que se eu amamentasse, ela ainda ia mamar imenso, como convém. Mas come bem, o que já é um descanso. Adora comer da nossa comida e isso faz com que nos esforcemos para comermos de forma mais saudável. O mais notável em termos de alimentação é mesmo a quantidade de água que bebe por dia. Está sempre com vontade de beber mais um bocadinho e depois do leite tem que beber sempre água. Este bebé de 16 meses mostra a língua com uma classe notável. E os dentes. Exibe orgulhosamente os seus 12 dentinhos que foram aparecendo sem febres ou grandes incómodos. Só dá beijos quando quer, preferencialmente ao papá. Mas hoje deu-me um beijinho na cara tão querido... Adora dançar! Basta ouvir um sonzinho e trata logo de mexer as pernocas ao ritmo da música. Acho que prefere música "pimba", mas hoje dançou ao som de Rui Veloso e fiquei mais aliviada. Li algures que os bebés só são bebés até aos 2 anos. Depois passam a ser crianças. O pediatra que a viu este mês disse que tinha que deixar de andar com ela ao colo, deixar de dormir com ela, tirá-la do nosso quarto, etc., etc... porque ela já não é um bebé. Às vezes, já me parece uma criança e grande, mas eu tenho um Bebé. Basta olhar para ela quando eu me afasto, quando cai e se magoa e grita "mamã", quando tem soninho e procura o meu colo. E quando está no meu colo é como se voltasse para a minha barriga. E vou aproveitar todos esses momentos ao máximo. Ela dorme na sua cama, mas adoro dormir com ela sempre que se proporciona. Vou dar-lhe colo até que as minhas costas o permitam. Um dia destes tenho uma adolescente de 16 anos em casa e vou sentir saudades do bebé de 16 meses. Sei que também vou gostar de conhecer essa adolescente, mas quero aproveitar o bebé que ainda tenho. E que saudades já sinto do bebé que ela já foi...

publicado às 01:06


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